Secretaria de Saúde e Governo do Estado discutem estratégias de combate à dengue

A secretária de Saúde de Mogi Guaçu, Kelly Cristina Camilotti Cavalheiro, recepcionou nesta quinta-feira, dia 27 de fevereiro, representantes da Secretaria de Estado da Saúde. Em pauta, as estratégias de combate à dengue no município, que sofre uma epidemia da doença. A cidade possui uma taxa de incidência de mais de 4 mil casos por 100 mil habitantes.

A reunião faz parte de uma série de ações estratégicas do Estado com secretários municipais no combate às arboviroses. Em Mogi Guaçu, os representantes da Vigilância em Saúde ouviram da equipe municipal as ações que estão sendo desenvolvidas na cidade, como nebulizações, mutirões de limpeza, intensificação das visitas casa a casa e novos postos de hidratação.

A assessora técnica em saúde pública do Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo, Nathalia Franceschi, comentou que a força-tarefa visa discutir as ações junto aos municípios e reforçar o suporte que o Governo Paulista poderá dar neste momento crítico da pandemia. “Nossa maior preocupação, neste momento, é com o controle dos vetores e o auxílio aos pacientes”, comentou.

A profissional destacou que é necessário intensificar as ações para a eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, e ressaltou que a contribuição da população é fundamental para reverter o cenário. “Precisamos muito da adesão da população, porque quase 80% dos criadouros estão dentro das residências. São medidas simples e necessárias para eliminarmos o mosquito. Não existe outra forma”, ressaltou.

A secretária de Saúde falou sobre a criação dos Postos Sentinelas para atendimento exclusivo dos pacientes com suspeita e confirmação de dengue, na UBS do Guaçu Mirim e na UBS do Zaniboni I, assim como a realização de mutirões de limpeza em parceria com outras Secretarias, as nebulizações costal e veicular e as visitas de bloqueio.

Após o encontro com os representantes do Estado, Kelly disse que a equipe vai promover um novo cronograma de trabalho visando atingir os imóveis fechados no município. Cerca de 45% dos imóveis estão fechados e isso inclui a recusa do morador em receber as visitas. “O Estado nos ajudará com os insumos e o valor recebido para o combate à dengue vamos disponibilizar para a contratação de equipes e o que mais for necessário para termos uma estrutura eficaz para o trabalho que tem sido feito em toda a cidade”, comentou ao informar que uma das sugestões seria a mudança de horário das visitas, incluindo os finais de semana.

Mogi Guaçu registra, até o momento, 7.565 casos positivos da doença e 10 óbitos em decorrência da doença confirmados. O vice-prefeito Major Marcos Tuckumantel participou do encontro, assim como toda a equipe da Vigilância em Saúde e representantes da Santa Casa e Hospital Municipal.