Vacina contra paralisia infantil passa a ser injetável em 2025

FOTO: Rovena Rosa/Agência Brasil

O Ministério da Saúde informa que, em 2025, a vacina contra a poliomielite antes ministrada por meio da gotinha está aposentada. A partir de agora, as crianças de 2 meses, 4 meses e 6 meses recebem exclusivamente a vacina injetável. A mudança conta com o aval da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização e é recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Há também no esquema vacinal uma dose de reforço, a ser aplicada aos 15 meses de vida das crianças que também será injetável.

Evidências científicas e recomendações internacionais levaram o Ministério a promover as mudanças, que começaram em 2024. A vacina por via oral contém o vírus vivo, atenuado, e estudos revelaram que, em situações em que as condições sanitárias forem precárias, a saúde fragilizada das crianças pudesse contribuir para o surgimento de casos de poliomielite decorrentes da vacina. Por isso, a decisão de aplicar apenas a vacina injetável, com o vírus morto, inativado.

Desde 1989 não são registrados casos da chamada paralisia infantil no Brasil, mas o ministério ainda registra um déficit de quase 20% na meta de cobertura vacinal. Nos últimos três anos, muitos pais deixaram de vacinar seus filhos, seguindo mensagens propagadas por grupos antivacinas. Além da vacina contra a poliomielite, a lista de doenças imunopreveníveis para as quais existem vacinas gratuitas nos postos de saúde do SUS, inclui sarampo, rubéola, tétano e coqueluche.

Reportagem, Max Gonçalves

Agência Voz