5 dicas para os professores tornarem suas aulas atrativas no ensino remoto

Em meio à suspensão das aulas presenciais devido a pandemia de Covid-19, professores e instituições de ensino enfrentam um desafio na educação: proporcionar ensino de qualidade de forma completamente remota. Entre as dificuldades apontadas pelos docentes, manter o interesse dos alunos nas aulas transmitidas via telas de computadores, celulares e tablets tem sido uma das maiores preocupações.

Segundo o autor e professor de geografia do Sistema Anglo de Ensino, Hugo Anselmo, explorar novas tecnologias é fundamental para tornar as aulas mais atrativas durante esse período. “Acho que o principal erro que os professores podem cometer nesse momento é não buscar formas de conhecer e se adaptar à tecnologia”, aponta.

Já Philippe Spitaleri, professor e autor de química do Sistema Anglo de Ensino, relembra a importância de diversificar o formato da aula: “Acho que tem que ter uma certa variação de estratégias para manter o foco do aluno”, sugere.

A seguir, confira cinco dicas que os autores compartilharam para tornar as aulas mais atrativas e facilitar o trabalho dos professores no ensino remoto:

Adaptar o plano de aula

A parte mais importante e inicial de todo esse trabalho remoto é a readaptação do plano de aula. Algumas práticas funcionam no espaço virtual e outras não, por isso, é interessante tentar se planejar e pesquisar métodos que façam sentido para cada disciplina. No caso de química, por exemplo, Philippe, tentou preservar a linguagem de suas aulas presenciais — que tinham bastante conteúdo na lousa.

“Tenho um computador de tela interativa. Então, o primeiro passo que eu adotei foi tentar deixar a aula virtual o mais próximo possível da aula real. Eu evito powerpoints e apresentações prontas e escrevo na tela enquanto transmito ao aluno, para assim ele acompanhar a construção do raciocínio”, explica.

Considerar que o tempo da aula digital é diferente

A maneira como os alunos absorvem o conteúdo online é diferente do jeito que eles aprendem na aula presencial. Os professores precisam considerar essas diferenças. Algumas dicas que podem ajudar são: considerar um tempo maior no início da aula para que todos consigam se conectar; não prolongar a exposição do conteúdo por muito tempo, evitando que os estudantes se distraiam; fornecer mais tempo para a resolução dos exercícios e tarefas.

Aproveitar conteúdos na internet

Disciplinas como história e geografia podem aproveitar o formato virtual para explorar conteúdos variados na internet. O autor Hugo explica que muitas vezes os alunos estão acostumados a mexer no celular para diferentes fins, como assistir a vídeos ou navegar nas redes sociais, mas não sabem filtrar informações ou buscar conhecimento na rede. As aulas online podem colaborar com essa finalidade.

“O ambiente digital torna mais fácil o acesso a diferentes informações durante as aulas. Então é possível ler notícias, buscar informações em diferentes fontes, acessar mapas e aplicativos. Isso, em geografia, pode contribuir para as aulas serem mais atuais, e também ensinar os alunos como se realiza buscas na internet”, exemplifica.

Priorizar formatos mais dinâmicos

Philippe aconselha os professores a não adotarem sempre a mesma estratégia durante a aula inteira, principalmente no caso das disciplinas de exatas, que exigem contas e muita concentração: “É preciso existir uma variação ainda maior do que na aula presencial. Tem que ser um pouco de exposição teórica, um pouco de tempo para o aluno fazer o exercício, um pouco da discussão sobre o exercício e exposição de vídeo. Acho que tem que existir uma certa variação de estratégias para ajudar a manter o foco do aluno.”

Conversar com os alunos e pedir feedbacks

Para os dois professores, o maior desafio do ensino remoto é entender se os conteúdos das aulas estão sendo absorvidos pelos alunos. Muitas vezes, os estudantes desligam as câmeras ou não se sentem confortáveis para tirar dúvidas ou debater assuntos no formato de videoconferência. Por isso, o ideal é que os docentes conversem com os alunos, tentando entender o perfil da turma e pedindo feedbacks do que está funcionando e do que precisa ser alterado.

 

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