Campinas tem maior índice de positividade em testes RT-PCR na rede pública e particular desde julho
Para infectologista, a quantidade de pessoas infectadas pela doença é ‘bem maior’ do que aponta o dado do governo municipal. Entre 6 e 12 de novembro, percentual de exames confirmados foi de 29,1%.
O índice de positividade de testes RT-PCR de Covid-19 na rede pública e particular de Campinas (SP), na segunda semana de novembro, foi o maior desde julho, de acordo com um balanço obtido com a administração. A infectologista Raquel Stuchi afirmou que a quantidade de pessoas infectadas pela doença é “bem maior” do que aponta o dado do governo municipal por conta do baixo interesse recente da população pela testagem.
De acordo com o levantamento do Executivo, na semana epidemiológica equivalente aos dias 3 e 9 de julho deste ano, o percentual de testes positivos nos hospitais e unidades de saúde da metrópole era de 31,8%. Depois deste período, o índice permaneceu em queda constante até outubro e, no intervalo entre 6 a 12 de novembro, chegou a 29,1%, número mais alto em cinco meses.
Em nota, a prefeitura diz que o Comitê de Enfrentamento da Pandemia de Infecção Humana pelo Novo Coronavírus passou a orientar “fortemente” a proteção e incluiu o transporte público na lista de ambientes para cuidados. O incentivo para a volta das máscaras ocorre desde 17 de novembro.
Na segunda (21), a metrópole informou que o Hospital Municipal Dr. Mário Gatti voltou a registrar pacientes internados com Covid-19 após dois meses. Mais do que isso, os casos confirmados na unidade, atrelados ao crescimento de infectados que precisam de hospitalização no Hospital Ouro Verde, pressionaram a rede que atingiu 100% de ocupação dos leitos gerais via SUS municipal.
Número ‘bem maior’
A infectologista da Unicamp, Raquel Stuchi, afirmou que o número de pessoas com coronavírus em Campinas é “bem maior” do que o que mostra o índice de positividade porque as pessoas deixaram de testar como no início da pandemia e, além disso, mesmo com muitos sintomas, se contentam com o primeiro teste negativo.
“A gente sabe que se a pessoa tem o sintoma e está negativo ela deveria retestar 48 horas depois. Então, com certeza, esse número é muito maior do que esse de pessoas com Covid”, explicou.
Fonte: G1