É momento de dizer um basta aos aumentos de impostos!

Sem conseguir conter gastos, o governo insiste em ameaçar a economia do País com novos aumentos de impostos, um modo operante repetitivo e nocivo, que penaliza todos os setores da cadeia produtiva, da indústria ao comércio, do investidor ao trabalhador.

Recentemente, em meio às discussões sobre ajustes no IOF, corretamente questionados no Congresso Nacional, surgiu uma nova proposta de taxação: a cobrança fixa de 17,5% sobre títulos e fundos de renda fixa, que hoje são tributados de forma progressiva. Essa medida, somada à constante insegurança fiscal, revela mais uma tentativa do governo de aumentar a arrecadação sem enfrentar o verdadeiro problema — os altos gastos públicos.

O Brasil já carrega uma das maiores cargas tributárias do planeta, com impostos que consomem cerca de 35% do Produto Interno Bruto (PIB), anualmente. Apesar disso, a solução mais recorrente do Estado tem sido ampliar ainda mais os tributos, mantendo ou até elevando o ritmo das despesas públicas, sem reformas estruturais ou controle efetivo dos gastos.

Essa prática é insustentável. O impacto é direto: diminui a competitividade, afasta investimentos, reduz o poder de compra da população e enfraquece o setor produtivo. É preciso romper esse ciclo vicioso e defender, com firmeza, um ajuste fiscal verdadeiro, baseado na eficiência e responsabilidade na gestão pública.

É hora de união. Entidades como a Facesp e o FecomercioSP vêm há muito tempo discutindo os caminhos para um equilíbrio fiscal duradouro. É fundamental que os governos — em todas as esferas, municipal, estadual e federal — assumam o compromisso de racionalizar os gastos, combater privilégios e buscar uma administração mais enxuta e eficaz.

Além disso, temas que permanecem sem solução, como a falta de correção da tabela do Imposto de Renda, o déficit crescente da Previdência e o aumento da informalidade, contribuem para um ambiente de insegurança que só agrava o cenário econômico. Se mantida a atual trajetória, o risco é claro: fechamento de empresas, aumento do desemprego e estagnação. agir com urgência.

É necessário barrar o avanço de medidas arrecadatórias que comprometem o presente e colocam em risco o futuro. Não se pode mais adiar uma reforma fiscal justa, sólida e estruturada, que traga previsibilidade, incentive o crescimento e permita ao Brasil retomar o caminho da prosperidade.

Nelson Theodoro Jr