Exercícios físicos contribuem para melhorar a qualidade do sono

A correria do  dia-a-dia,  a rotina de trabalho pesada e tantas outras preocupações, em muitos casos, provocam estresse e atrapalham até mesmo a hora do sono. Para quem sofre com os efeitos disso, uma solução está na prática de atividades físicas. Os exercícios são as ferramentas usadas para gerar um equilíbrio do organismo e estimulá-lo a se manter em constante evolução por meio das adaptações que realizará.

sono

O instrutor da Bodytech Campinas, Vinicius Concon Risso, explica que para melhorar a qualidade de vida, é de extrema importância que outro tipo de estresse seja gerado: aqueles provocados pelas atividades físicas. “Isso é necessário para que o corpo saia da zona de conforto. O treino faz parte de um momento de degeneração, ou seja, milhares de reações acontecem simultaneamente para que haja energia suficiente para a manutenção do estímulo. Como resultado desse processo, há uma quebra nos estoques de substratos enérgicos, como o glicogênio, além de microlesões na musculatura esquelética, aumento da frequência cardíaca, aumento da pressão arterial, aumento da temperatura corporal, entre outros”, explica.

Após esse estresse gerado, o organismo precisará se recuperar, e é neste momento que o sono entra como fator crucial, exercendo um importante papel no processo regenerativo. Por isso, os exercícios são reconhecidos como uma intervenção não-farmacológica para a melhora do padrão do sono. “É inevitável. O corpo vai pedir para que você o coloque na horizontal, diminuindo o gasto energético e também a temperatura corporal, iniciando o processo de recuperação e propiciando assim um ambiente favorável para que ocorram as adaptações necessárias para a evolução. Por isso, muitas pessoas que começam a praticar exercícios melhoram a qualidade ou quantidade do sono”, afirma o instrutor.

CUIDADOS
Apesar de a atividade física ajudar a melhorar a qualidade do sono e a aliviar o estresse, algumas pessoas sentem-se mais agitadas após malharem, devido a vários fatores proporcionados pelos exercícios físicos, como o aumento da temperatura corporal e o aumento do consumo de oxigênio pós-exercício.

A concentração de neurotransmissores excitatórios na corrente sanguínea, como o hormônio da adrenalina, também contribui para esse fenômeno. De acordo com Vinicius, é graças a esses e outros fatores, entre outros, que após o exercício alguns se mantêm em estado de alerta, levando uma média de duas horas para o organismo voltar ao normal.

Uma recomendação para quem se sente afetado de alguma forma com essa agitação é criar uma rotina de exercícios. “É importante lembrar que os humanos são seres altamente adaptativos ao meio em que vivemos. Se um indivíduo cria o hábito de treinar às 6h da manhã por questões de tempo e trabalho, seu corpo vai se acostumar e se programar para sempre treinar neste horário”, finaliza Risso.

 

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