60% das cidades brasileiras fecharam no vermelho em 2015, Amparo está estável, diz secretário da Fazenda
Pesquisas realizadas pela Confederação Nacional dos Municípios e divulgadas pelo jornal Estadão no último final de semana demonstram o cenário atual dos Municípios em todo o Brasil. Amparo, na contramão dos grandes centros e cidades da região vem apresentando bons números nas finanças.
Paulo José Rossi, secretário da Fazenda e Orçamento da Prefeitura de Amparo fala sobre os ajustes econômicos que o governo está realizando para manter o equilíbrio e alcançar a meta fiscal, proposto dentro da previsão orçamentária.
Trazendo a realidade para Amparo, muito me preocupa este cenário uma vez que somos muito dependentes de repasses da União e Estado. A capacidade tributária de Amparo entre seus três maiores tributos IPTU, ISSQN e ITBI não chega a 40 milhões de reais ao ano sendo que somente nossa folha de pagamento para o exercício de 2016 poderá chegar próximo a R$ 110 milhões, enquanto algumas cidades possui capacidade tributária própria para honrar sua folha de pagamento Amparo está em uma realidade muito distante.
Paulo também comentou que o resultado aponta para a União, Estados, mas muito pouco sobre os municípios que são os mais afetados por não contarem com as mesmas entradas. Segundo pesquisas, 60% das cidades brasileiras fecharam suas contas no vermelho em 2015 e irão fechar novamente em 2016.
– Um cenário bem deprimente para nosso país, o problema não é só este, indo mais além, 10% de todos os Municípios do nosso país está com sua folha de pagamento atrasada, uns chegando ate 6 meses de atraso sem receber nem se quer R$ 1,00 real, sendo obrigado a acionar juridicamente e as decisões judiciais pedindo o bloqueio das contas, olha a situação que nosso pais chegou, uns com milhões de dólares na Suíça e outros sem receber R$ 900,00 de salário a 6 meses.
A cidade tem sofrido com a crise. Despesas correntes, toda a manutenção, limpeza pública, hospitais, medicamentos, material de consumo entre outros, tiveram um aumento de 11% de 2015 para 2016, devido a instabilidade econômica e o aumento de preços devido a inflação desenfreada. Já os investimentos, uma queda de 9% comparando a 2015, razão crise econômica, corte de repasses e aumento no custeio, faltando recursos para ampliações, reformas entre outros.
Rossi explicou que por determinação do prefeito Jacob, a busca por economicidade e ações que fossem efetivas buscando o respeito e dinamização da administração do dinheiro público fosse efetivada. Desde 2013, a secretaria de Finanças tem trabalhado com essa frente de trabalho e obtido bons resultados.
A Prefeitura vem sofrendo muito com este cenário desde 2015, arrecadações em queda, cortes em índices de reajustes, supressões em contratos, priorização em investimentos e outras medidas que estão nos ajudando a honrar os compromissos municipais até a presente data, diferentemente de muitas cidades acima. Amparo ainda possui uma capacidade de pagamento de sete dias após emissão de nota fiscal, salários dos servidores em dia, antecipação do 13° salário provisionada para o dia 10 do mês de junho. Tenho o orgulho de dizer isto quando converso com colegas secretários da região e conto nossa situação. Muitos me perguntam como; resposta: trabalho sério e com responsabilidade ao dinheiro público diferentemente de muitos que espalham inverdades sobre nossa situação financeira.
Matéria: Moisés de Camargo