Conselho de Desenvolvimento da RMC elabora Moção de Apelo ao Governo Federal

A saída dos médicos cubanos do Programa “Mais Médicos”, que afeta o atendimento aos 3,2 milhões de moradores da Região Metropolitana de Campinas (RMC), foi pauta de reunião extraordinária do Conselho de Desenvolvimento da RMC, com a presença de prefeitos e representantes de oito cidades, na quarta-feira, 22 de novembro, na sede da Agemcamp (Agência Metropolitana de Campinas).

Preocupados com os reflexos da decisão repentina, o Conselho elaborou uma Moção de Apelo ao Governo Federal, Ministério da Saúde e ao Gabinete de Transição Presidencial, para que assumam as responsabilidades com a população. O documento solicita providências imediatas para a reposição dos profissionais e pede comunicação oficial sobre o fato.

Presidente do Conselho, o prefeito de Nova Odessa, Benjamim Bill Vieira de Souza, classificou o déficit de profissionais como um “evento trágico” que, “além de desempregar milhares de profissionais que foram fundamentais ao serviço de saúde no Brasil, coloca outras milhares de pessoas em risco de vida”.

Nova Odessa contava com oito médicas cubanas atuando nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Todas as consultas agendadas foram canceladas e está sendo feito uma reprogramação dessas consultas. As médicas cubanas atendiam, cada uma, uma média de 160 pacientes por semana. Juntas, 1.280 pacientes por semana. “Um número exorbitante para uma cidade pequena como Nova Odessa”, frisou Bill.

Presentes na reunião, os representantes das cidades de Americana, Sumaré, Pedreira e Indaiatuba também foram favoráveis à tomada de medidas emergenciais. “A moção de apelo revela ao Governo Federal nossa insatisfação perante a forma como fomos tratados”, disse a secretária de Saúde de Pedreira, Ana Lúcia Nieri Goulart.

O Programa “Mais Médicos” foi implantado pelo Governo Federal em julho de 2013, que tinha como objetivo suprir a carência de médicos nos municípios do interior e nas periferias das grandes cidades do Brasil.  Foi firmado um acordo entre Brasil OPAS (Organização Pan Americana de Saúde) para viabilizar a mobilização de médicos estrangeiros, entre eles, cubanos para atuar no Sistema Único de Saúde brasileiro.

 

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