Indígena brasileira divulga cultura de aldeia através da internet via satélite e viraliza nas redes sociais

Direto da Amazônia, a jovem Cunhaporanga mostra suas tradições e conquista sucesso pelo mundo nas redes sociais

São Paulo, 26 abril de 2022 – A indígena Maira Gomes Godinho, de 22 anos, mais conhecida como Cunhaporanga, virou uma celebridade na internet ao mostrar as curiosidades e rotina de sua vida na comunidade Tatuyo, localizada na floresta amazônica às margens do Rio Negro, e já acumula mais de 6,5 milhões de seguidores nas redes sociais.

A chegada da internet na comunidade aconteceu há cerca de dois anos, quando o cacique Pinõ, pai de Cunhaporanga e responsável pela aldeia, contratou o serviço de internet banda larga via satélite HughesNet, da Hughes do Brasil, subsidiária da Hughes Network Systems LLC (HUGHES). Animada com a novidade, sua filha começou a compartilhar a rotina de seu povo nas redes sociais e viralizou após um vídeo em que mostra o costume de comer as larvas Mochivas, alimento tradicional da cultura indígena.

“Quando eu compartilhei o vídeo comendo a larva foi apenas para mostrar um costume nosso. Não imaginava atingir um público tão alto”, ressalta Cunhaporanga. A partir daí, ela passou a ganhar mais visibilidade no conteúdo que mostra a rotina de sua comunidade. O alcance atraiu a atenção não só da mídia brasileira como também de veículos internacionais em países como EUA, França, Alemanha, Grécia, Polônia, Romênia e até mesmo na China, dentre outros.

Os números de visualizações impressionam. Um vídeo em que ela mostra sua refeição com alimentos típicos de sua cultura, incluindo uma Mochiva, já alcançou mais de 31,7 milhões de visualizações no TikTok enquanto outro onde Cunhaporanga exibe e explica o uso do “pega-moça”, espécie de aliança indígena usada pelos noivos no dia do casamento, já atingiu 17,2 milhões de visualizações na mesma rede. Conteúdos de danças de música pop, tão populares no TikTok, também estão presentes no perfil da indígena, sendo que um deles já alcançou a marca de 42,9 milhões de visualizações.

Toda essa repercussão só foi possível com a inclusão digital da comunidade. “Começamos a ter internet bem no comecinho da pandemia e, além de usar para as aulas online, comecei a compartilhar nosso dia a dia, para que as pessoas pudessem conhecer a nossa cultura e nossos costumes”, conta Cunhaporanga.

A comunidade indígena Tatuyo está localizada a cerca de uma hora de Manaus, capital do Amazonas, e sofria com a falta de acesso à internet. “Uma das principais missões da HughesNet é justamente levar banda larga via satélite às áreas mais remotas do Brasil, onde dificilmente as operadoras tradicionais chegam. Nós nos sentimos muito honrados em fazer parte da inclusão digital da comunidade Tatuyo e em permitir que essa cultura seja compartilhada com o mundo todo”, ressalta Rafael Guimarães, presidente da Hughes do Brasil.

A aldeia vive basicamente do turismo e da venda de artesanatos, além da caça e da pesca, sendo que a divulgação de seus costumes preserva as tradições do povo e auxilia na divulgação de seu trabalho. “Nós acreditamos que a internet é importante, pois não deixa a nossa cultura morrer. Ela também é responsável por nos trazer informações de outros locais e comunicação”, ressalta o cacique Pinõ.

A internet na comunidade contribui, inclusive, na venda dos artesanatos. “Muitos turistas se interessam pelo artesanato e acabam pedindo para fazer o pagamento pela internet, então podemos usar o acesso à internet para que eles façam a transferência via pix”, declara Cunhaporanga.

 

 

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