Posse registra aumento na taxa de empregabilidade
Nos atuais tempos de crise econômica, muitos municípios do Brasil foram afetados pela falta de emprego. No ano de 2016, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) disponibilizou o seu décimo relatório anual referente aos índices de emprego e desemprego no país.
Segundo o relatório divulgado pelo Caged, Santo Antônio de Posse registrou a abertura de 16 postos de trabalho em 2016. Este número apresentou uma melhora com relação ao ano de 2015, no qual 406 postos de trabalho foram fechados na cidade. O último índice, conta um número de 3.383 admissões contra 3.367 desligamentos, enquanto em 2015 o índice havia sido pior, registrando um número de 3.396 admissões e 3.802 desligamentos.
As pesquisas realizadas pelo Ministério do Trabalho tiveram início em 2007. Desde então, o melhor ano para a geração de empregos em Posse foi 2013, em que 510 novos postos de trabalho foram abertos. Já o pior índice do município foi o de 2008, no qual 650 postos de trabalho foram extintos.
Em Posse, o setor que mais contribuiu para o aumento na geração de emprego no ano passado foi a Indústria, com 158 postos, seguido pelo setor da Agropecuária (102) e pelo Comércio (82). O setor que apresentou o pior índice negativo foi o de Serviços (-180). Já no ano de 2015, estes estiveram entre os três setores que mais contribuíram para a geração do desemprego. Em primeiro lugar, estava a Indústria (-215); em segundo, o setor de Serviços (-181); por último, a Agricultura.
Desemprego acentuado na faixa etária dos jovens
De acordo com uma análise do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), realizada a partir dos dados do Caged e da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), a taxa total de desemprego entre os jovens dessa faixa etária alcançou 27,7%, até o terceiro trimestre do ano passado.
O estudo também revela que o desemprego afeta mais ainda os trabalhadores que não concluíram o ensino médio – taxa de 21,4%.
Em 2016, os trabalhadores de até 24 anos representam o grupo mais afetado pelo encolhimento do mercado brasileiro no período de crise – segundo dados do Caged, o número de jovens que perderam o emprego chegou a cerca de 4,8 milhões.
Salários
O Caged informou também que o salário médio de admissão em 2016 diminuiu 1,09% em relação ao mesmo período do ano anterior, passando de R$ 1.389,19, em 2015, para R$ 1.374,12, em 2016.
O relatório aponta que o salário dos homens caiu em média 2,43% em 2016, enquanto o das mulheres 0,99%. Com a redução dos salários masculinos, a média de salarial das mulheres passou a representar 89,24% do que eles recebem.
O panorama nacional
Conforme os dados do Caged, o Brasil perdeu 462.366 vagas de emprego formal em dezembro de 2016, uma variação negativa de 1,19% com relação ao mês de novembro do mesmo ano. No acumulado de 2016, foram eliminados 1.321.994 postos de trabalho no Brasil, diminuindo o estoque de vagas formais em 3,33%.
Foram registradas 869.439 admissões e 1.331.805 desligamentos no período. O resultado mantém a tendência de mais demissões que contratações no mercado de trabalho brasileiro. A queda no estoque de emprego nas cinco regiões foi 22,4% menor que a observada no mesmo período de 2015.
Matéria: Matheus Gomide