Sábado Especial de Vacinação em Engenheiro Coelho, veja o que dizem os especialistas
Especialistas falam sobre a importância da imunização
Neste sábado (26), a Secretaria Municipal de Saúde de Engº Coelho irá promover mais um dia intensivo de vacinação em combate a proliferação da Covid-19. De acordo com a Diretora de Vigilância em Saúde de Engenheiro Coelho, Marli Antunes Vieira dos Reis, crianças que receberam a primeira dose em 30 de Janeiro, podem receber 2ª dose neste sábado.
A diretora explica que a ação atenderá não só crianças, mas também os adultos. “A ação é voltada para atender todas pessoas, tanto os que já receberam a primeira dose, segunda e os que também já estão na época de receber a dose de reforço. É importante as pessoas se conscientizarem da importância de receber a vacina, no tocante a prevenção dos efeitos devastadores que a Covid-19 pode causar ao ser humano”, explica Marli.
Vacina nas Escolas
Ainda no contexto de vacinação, a diretora explana sobre as ações que foram desenvolvidas nas escolas no decorrer da semana, segundo ela, 37% das crianças receberam a primeira dose do imunizante nessa primeira etapa do trabalho, “Eng° Coelho, começou a realizar essa importante atividade. Estamos indo nas escolas do Município e realizando as aplicações. Temos que ter a consciência de que a vacina não é um mal, mas sim um bem. E é fato comprovado que, as pessoas que não tomaram nenhuma dose da vacina, são as que mais sofrem quando submetidas aos ataques do coronavírus”, detalha.
Outro dado interessante e que vale a pena destacar é que de acordo com o Dr. William Schaffner, professor da Divisão de Doenças Infecciosas do Centro Médico da Universidade de Vanderbilt, em entrevista concedida a Rede CNN é que, “pessoas não vacinadas fazem mais do que simplesmente arriscar sua própria saúde. Elas também são um risco para todos se forem infectados com o coronavírus. Isso porque a única fonte de novas variantes do coronavírus é o corpo de uma pessoa infectada. Pessoas não vacinadas são fábricas variantes em potencial”, afirma o especialista.
Já a respeito da discussão sobre a eficácia e o fato de indivíduos vacinados pegarem e transmitirem o coronavírus, o pediatra e infectologista Renato Kfouri, em entrevista a BBC, esclarece que a primeira leva de vacinas contra a covid-19, da qual fazem parte CoronaVac e os produtos desenvolvidos por Pfizer, AstraZeneca, Janssen, entre outras, tem como objetivo principal reduzir o risco desenvolver as formas mais graves da doença, que estão relacionados a hospitalizações e mortes.
Vacinas amenizam sintomas
“As vacinas protegem muito melhor contra as formas mais graves do que contra as formas moderadas, leves ou assintomáticas da covid. Quanto mais grave o desfecho, maior a eficácia delas”, resume Renato Kfouri, que é diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).
“Por isso, a importância de as pessoas que ainda não procuram a unidade de saúde, irem receber as doses do imunizante”, acrescenta a diretora de saúde.
Um dado alarmante para Engenheiro Coelho é que, segundo Marli Antunes, muitas pessoas ainda não voltaram para receber a segunda dose da vacina contra o Covid.
A meta principal desses imunizantes, portanto, nunca foi barrar a infecção em si, mas tornar essa invasão do coronavírus menos danosa ao organismo.
Esse mesmo racional se aplica à vacina contra a gripe, disponível há décadas. A dose, oferecida todos os anos, não previne necessariamente a infecção pelo vírus influenza, mas evita as complicações frequentes nos grupos mais vulneráveis, como crianças, gestantes e idosos.
Analisando o cenário mais amplo, essa proteção contra as formas mais severas têm um impacto direto em todo o sistema de saúde: diminuir a gravidade das infecções respiratórias é sinônimo de prontos-socorros menos lotados, maior disponibilidade de leitos de enfermaria ou UTI e, claro, mais tempo para a equipe de saúde tratar os pacientes de forma adequada.
E os dados mostram que as vacinas estão cumprindo muito bem esse papel: de acordo com o Fundo Commonwealth, a aplicação das doses contra o coronavírus evitou, até novembro de 2021, um total de 1,1 milhão de mortes e 10,3 milhões de hospitalizações só nos Estados Unidos.
Já o Centro de Controle e Prevenção de Doenças da Europa (ECDC) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) calculam que 470 mil indivíduos com mais de 60 anos tiveram as vidas salvas em 33 países do continente desde que a vacinação contra a covid começou por lá.