Sete dicas para aprimorar a experiência gastronômica em bares e restaurantes

Os avanços tecnológicos das últimas décadas deram origem a novos padrões de consumo, especialmente ligados à internet. Uma pesquisa conduzida pela Poli, uma plataforma que centraliza e automatiza canais de contato, revela que 61% dos consumidores veem de forma positiva a interação com chatbots. A capacidade desses sistemas em resolver eficazmente as preocupações dos clientes e conduzir suas questões é um fator crucial para a eficiência das empresas.

Entretanto, oferecer apenas bons produtos, preços competitivos, pontualidade nas entregas e relacionamentos sólidos com clientes e fornecedores já não é mais suficiente. Compreender e atender às demandas do “Cliente 4.0”, resultado de uma revolução tecnológica sem precedentes, tornou-se essencial para a sobrevivência dos negócios.

“O consumidor moderno não busca apenas uma refeição saborosa e bem apresentada; ele deseja vivenciar experiências. Estamos falando do cliente 4.0, um perfil de consumidor com características distintas, marcadas por altos níveis de exigência, adaptados ao mundo digital e com amplo acesso à informação”, destaca Eduardo Ferreira, CCO da ACOM Sistemas, empresa que desenvolveu o ERP EVEREST, especializado na gestão de empresas do segmento do food service.

Para ele, a mudança no comportamento de consumo e a adoção de novos estilos de vida levaram os consumidores a reavaliarem sua relação com os estabelecimentos. Agora, suas escolhas se concentram em empresas que oferecem uma experiência diferenciada e inovadora, indo além da qualidade dos produtos ou serviços.

Um exemplo prático deste cenário é o que aconteceu com uma hamburgueria, hoje localizada em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, cuja temática é inspirada no universo dos dinossauros. No começo das operações, apesar do ambiente imersivo, a maioria dos clientes passava mais tempo apreciando o espaço do que consumindo os lanches do cardápio, resultando em baixo ticket-médio e lucratividade reduzida.

O empreendimento fechou, mas reabriu com outra proposta, e incluiu o cardápio nesta nova fase. Agora, além do ambiente encantador, a hamburgueria oferece uma gastronomia surpreendente, integrando o tema dos dinossauros nos pratos, proporcionando uma experiência mais imersiva e atrativa para os clientes.

Outro exemplo é de um restaurante que inovou no cardápio e na forma de apresentação dos produtos. O consumidor pode escolher entre bebidas e pratos moleculares, hambúrgueres gratinados na hora e aperitivos com apresentações criativas, como uma roda-gigante de coxinha e batata transparente, oferecidos em um local moderno e lúdico.

“Notou que ambos os estabelecimentos deixam evidente o valor agregado dos produtos que oferecem aos seus consumidores? Oferecer uma experiência gastronômica pode ser um desafio, se você não contar com as ferramentas certas no processo” ressalta o CCO.

Eduardo Ferreira indica sete maneiras de aprimorar a experiência gastronômica:

Aplicativos: implementar sistemas de pedidos online, seja na mesa ou via smartphone, que facilitam o processo de atendimento. Além de pedidos, o estabelecimento pode trabalhar com promoções exclusivas ou até criar um programa de fidelidade. Isso proporciona conveniência aos clientes, engajamento e agilidade no processo.
Realidade aumentada (RA) e realidade virtual (RV): utilizar RA e RV para oferecer aos clientes uma prévia virtual de pratos, conferir o ambiente do restaurante ou até mesmo ter experiências temáticas antes de chegarem ao local. Outra forma de aplicar essa tecnologia, é integrar elementos de RA nas mesas, permitindo que os clientes interajam com menus virtuais, jogos ou até mesmo visualizem a preparação dos pratos por meio de projeções interativas.
Cardápios digitais interativos: além da versão impressa, oferecer cardápios em versões digitais em tablets ou telas. Isso permite atualizações instantâneas, descrições mais detalhadas dos pratos e até mesmo sugestões de combinações que podem ajudar a alavancar as vendas.
Inteligência Artificial (IA) e Análise de Dados: implementar sistemas de IA para apoiar a análise de dados e levantar informações sobre as preferências dos clientes, hábitos de consumo e feedbacks. Isso pode ajudar a personalizar ofertas, criar promoções direcionadas e melhorar constantemente a experiência gastronômica.
Pagamentos sem contato: oferecer opções de pagamento sem contato, como cartões NFC ou soluções de pagamento por celular, para um atendimento mais rápido e seguro.
Marketing Digital e Redes Sociais: utilizar estratégias de marketing digital e ter uma presença ativa nas redes sociais para promover tudo o que envolve o estabelecimento. Divulgar os pratos especiais, eventos temáticos e ofertas exclusivas. Sem esquecer de sempre interagir com o público garantindo uma conexão e uma experiência positiva com o negócio.
Cozinha inteligente: modernizar a cozinha com tecnologias inteligentes, como sensores e automação. Isso otimiza a eficiência operacional, reduz o tempo de espera, aumenta a produtividade, melhora a consistência na preparação dos pratos, sem contar que traz economia por meio da redução do desperdício e do uso mais estratégico dos recursos.
Tecnologia é a saída para virar a chave

Em todo o processo de automatização do food service, torna-se essencial que os estabelecimentos contem com tecnologias adequadas para o backoffice, ou seja, nas áreas administrativas e de suporte que não estão diretamente envolvidas no atendimento ao cliente. Nesse sentido, os processos integrados e automatizados com a ajuda de um ERP fazem com que o foco esteja em melhorar a experiência do cliente na ponta e não em tarefas repetitivas e burocráticas. “Apostar na experiência do cliente pode mudar significativamente os rumos de um negócio. E ter a tecnologia como aliada é a chave para que isso aconteça”, ressalta o CCO da ACOM Sistemas.