Ricardo Cortez anuncia pré-candidatura a prefeito de Posse

Ex-chefe de gabinete e ex-presidente da Câmara Municipal de Santo Antonio de Posse, José Ricardo Cortez anunciou na última quinta-feira, 31 de outubro, sua pré-candidatura a prefeito nas eleições do ano que vem.

A declaração foi feita durante a convenção municipal e noite de filiações do Partido Democrático Trabalhista (PDT). O encontro foi marcado ainda pela eleição do diretório local e a escolha da comissão executiva, dos membros do conselho de ética e do conselho fiscal partidário. Cortez aproveitou a ocasião para comunicar sua mudança de partido: o pré-candidato assumiu a presidência do Movimento Democrático Brasileiro (MDB-15).

Mais velho de 4 irmãos, casado há 21 anos e pai de um garoto de 19, Ricardo veio de Minas para o município paulista de Angatuba e, em seguida, com apenas 8 anos, mudou-se para Santo Antonio de Posse. Morador da cidade desde 1980 e bacharel em Direito, iniciou sua carreira no banco Bradesco em 2001 e, após 10 anos, deu início a carreira na vida pública. Ele ocupa atualmente o posto de diretor municipal de Obras e Desenvolvimento Urbano e Rural em Holambra.

Em entrevista exclusiva ao grupo O Regional, o pré-candidato contou sobre sua trajetória e projetos futuros.

Confira na íntegra

Como e quando você veio para Santo Antonio de Posse?

Meu pai sempre trabalhou na Fazenda Bradesco. Viemos de Minas, onde eu nasci, para uma outra fazenda em Angatuba, no Estado de São Paulo. Depois nos mudamos para a Posse em 1980.

Como foi sua carreira no Bradesco?

Trabalhei na Fazenda Bradesco como auxiliar de escritório. Meu pai era um dos principais escriturários. Em 1991 a família Bradesco me colocou para trabalhar no banco, onde fiquei por 10 anos.

Tive também uma passagem de um ano pelo banco Santander.

Explica um pouco sobre sua carreira Política em Santo Antonio de Posse.

Eu fui contratado para assessorar o Norberto (Bertinho, atual prefeito) em 2003 na primeira gestão dele, quando coordenei a campanha, ajudei a montar os partidos e escrevi o plano de governo.

Tivemos uma campanha vitoriosa e, então, fui para a Prefeitura assumir a chefia de gabinete de 2005 a 2008. Faço sempre questão de dizer que foram os quatro melhores anos que a Posse já teve no sentido de melhoria de qualidade de vida, geração de empregos e muitas conquistas. Ao término desse mandato, fui convidado para ser vereador e fui o candidato mais votado do Legislativo em 2008, com 579 votos. Fui, então, para a Câmara por quatro anos e, além da função de vereador e Presidente, eu ainda continuava meu trabalho de buscar empresas para melhorar cada vez mais o desenvolvimento econômico do município. Entre os anos de 2005 e 2012 trouxemos praticamente 15 empresas para a Posse. Em todos os casos o contato e atendimento era feito por mim. A lei de incentivo fiscal fui eu desenvolvi. Pra deixar claro a importância do trabalho realizado, nós trouxemos empresas como a Friboi (MSP), Zanatta, Agristar, Perfrio, JSP, Boreal, Metal Posse, Sitela, entre outras. Conquistas que valorizam nossa cidade e nossa região e que precisam voltar a acontecer. Nós temos um trunfo, que é um condomínio industrial na beira da pista pronto para ser explorado. Isso pode nos trazer desenvolvimento econômico, emprego, renda e melhores serviços.

Ao término do meu mandato, em 2012, pensei em lançar candidatura ao Executivo, mas eu falo que tudo vem na hora certa. Não era aquele o momento. Deus ainda precisava me moldar, me preparar. Hoje eu entendo isso. Pouco depois recebi um convite de trabalho em Holambra. Uma experiência que contribuiu muito para o meu preparo profissional.

Então você acredita estar preparado pra ser Prefeito de Santo Antonio de Posse?

Sim. Por essa razão sou hoje um pré-candidato. Na chefia de gabinete de Santo Antonio de Posse as atividades eram inúmeras. Eu atendia as pessoas que chegavam com problemas na Prefeitura e a gente, dentro do possível, com certeza conseguiu melhorar e resolver vários desses problemas. Tanto é que na reeleição alcançamos praticamente 80% dos votos. A primeira eleição do Norberto foi com 56, 57%. Isso quer dizer que o trabalho que a gente tinha feito tinha sido bom, de resultados. Então, primeira coisa, resolver problemas das pessoas. Segunda coisa, que eu acho importantíssimo, foi a minha atuação junto às empresas que se instalaram na cidade. É um marco, um diferencial, isso melhorou a Posse. Infelizmente pela recessão e pelo atual momento isso desacelerou e hoje e precisa voltar a ser feito.

Me conta um pouco sobre seu trabalho em Holambra.

Inicialmente eu fui pra lá em 2013. Eu respondia pela Diretoria de Habitação e era responsável pelo setor de convênios. Convênios é toda a parte administrativa da formalização de buscar recursos fora. Então toda a papelada, projetos, passavam pela minha mão. O prefeito Dr. Fernando é um legitimo batalhador pela cidade, incansável, e aprendi muito com isso. Ajudava diretamente nessas buscas por recursos e melhorias.

Nesse período a cidade recebeu um empreendimento do “Minha Casa, Minha Vida”, que eu tenho certeza que vai ser modelo pra região. São 433 unidades habitacionais. Projeto que começou ainda 2013 e hoje está se concretizando. Então eu tive o convite de voltar pra Posse, coordenar novamente uma campanha, e aceitei. Pedi demissão em Holambra e voltei pra Posse. E mais uma vez, com a benção de Deus, a gente teve uma campanha vitoriosa. Voltei pra Prefeitura da nossa cidade, novamente como chefe de gabinete. Queria realizar as coisas, melhorar a qualidade de vida do povo possense. A gente atendia todo mundo, todo dia, sem agendamento, sem burocracia. Mas infelizmente eu não me encaixei na equipe, tive problemas com alguns diretores. Achei por bem sair. Junto com o Norberto, a gente tinha escrito o plano de governo, então eu sabia o que nós tínhamos colocado no papel, eu sabia o que tínhamos projetado e alguns diretores não estavam na mesma sintonia.

Uma semana depois recebi novamente o convite do Fernando. Ele disse teria portas abertas quando sai e fico muito feliz de ter conquistado esse espaço com trabalho. Voltei pra Holambra e o prefeito, além do setor de convênios, a questão do atendimento a empresas que eu ajudo a fazer, ele me deu uma outra incumbência, que é a Diretoria de Obras. Uma pasta importante em Holambra. Quem visita a cidade vê que Holambra não para, é obra todo dia nos quatro cantos do município. Hoje eu entendo que Deus preparou tudo isso. Não é fácil, é muito compromisso. Chego cedo ao trabalho, saio à noite, porque eu gosto, eu gosto de realizar, eu gosto de melhorar a vida das pessoas.

Quais são os principais desafios de Santo Antonio de Posse?

É fundamental retomar a atração de novas empresas, como eu já disse. Isso é muito importante, melhora a qualidade de vida do possense, cria oportunidades, cria valorização do ser humano, enfim, ajuda muito as pessoas e o poder público. Então atrair novos investimentos através de novas empresas. A questão da água também é iminente e urgente. E eu visualizo uma solução através do exemplo de Holambra. Precisamos buscar água no Camanducaia, em torno de 7 a 9 km de tubulação. Isso é urgência, emergência. Começou o governo, tem que resolver o problema da água. A questão da saúde é também uma necessidade constante e diária que precisa de atenção permanente.

Fale um pouquinho sobre seu amor pela cidade, como que é sua relação com Santo Antonio de Posse.

É difícil eu falar da Posse. Eu tenho um caso de amor com a cidade e com as pessoas. Em 2007, quando eu fiquei doente e eu vi o envolvimento de todos, gente de diferentes religiões, igrejas, servidores públicos, todos rezando pela minha recuperação, aquilo me emocionou. Passei a sentir gratidão e, ao mesmo tempo, uma dívida com a cidade. E eu procuro pagar essa dívida todos os dias sendo uma boa pessoa, um bom cidadão, um bom servidor e, quem sabe, um bom gestor futuramente, para retribuir um pouquinho do que eu recebi.

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