Trimestre tem melhora na geração de emprego, mas continua com saldo negativo
Em três meses, Mogi Guaçu perdeu 894 vagas de emprego, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), vinculado ao Ministério do Trabalho e Previdência Social. Cinco setores terminaram o trimestre com o fechamento de postos de trabalho, principalmente o setor de agropecuária. Mas comparando com o primeiro trimestre do ano passado houve uma melhora, em 2015 foram fechadas 1.064 postos de trabalho no trimestre.
Nesse ano, o setor de agropecuária fechou 989 postos de trabalho. O comércio sente neste ano o impacto da crise. Não só deixou de criar novas vagas, como fechou 176 postos de trabalho do mercado. O mesmo acontece na administração pública, que em três meses perdeu 23 vagas de emprego.
A indústria de transformação fechou o trimestre com saldo positivo, abrindo 132 novas vagas. No entanto, se comparado com o trimestre anterior, o desemprenho é menor do que o número de empregos gerados em 2015, quando a cidade criou 194 vagas.
Segundo o Caged, outros dois setores fecharam o trimestre com crescimento no saldo: construção civil (126) e serviços (40).
No trimestre os cargos que mais contrataram foram: mecânico de manutenção de máquinas em geral (470), trabalhador no cultivo de árvores frutíferas (413) e trabalhador volante da agricultura (370).
Já os cargos que mais demitiram foram: trabalhador no cultivo de árvores frutíferas (-1.420), trabalhador agripecuario geral (-316) e vendedor de comércio varejista (300).
Brasil IBGE
O desemprego ficou em 10,9% no primeiro trimestre deste ano, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa taxa é a maior desde o início histórica da Pnad Contínua, em 2012.
No trimestre encerrado em dezembro, o índice havia chegado a 9% e no primeiro trimestre de 2015, bateu 7,9%.
A quantidade de pessoas desocupadas cresceu 22% em relação ao período outubro a dezembro e chegou a 11,1 milhões – o maior número de desocupados desde o início da Pnad Contínua. Já na comparação com o primeiro trimestre de 2015, a alta foi ainda maior, de 39,8%.
A maior redução partiu da indústria geral (-5,2% sobre dezembro), seguida pela construção (-4,8%) e pela administração pública (-1,9%). Sobre o trimestre de janeiro a março, houve alta do número de ocupados em transporte, armazenagem e correio (4,3%); serviços domésticos (4,3%) e alojamento e alimentação (4%), entre outros setores.
Evolução das vagas de trabalho no 1º trimestre
Ano | Admissão | Demissão | Saldo |
2016 | 4.697 | 5.591 | -894 |
2015 | 5.420 | 6.484 | -1.064 |
2014 | 5.740 | 5.430 | 310 |
2013 | 5.619 | 6.683 | -1.064 |
2012 | 5.232 | 5.373 | -141 |
2011 | 6.068 | 5.920 | 148 |
2010 | 6.489 | 5.829 | 660 |
2009 | 5.034 | 6.460 | -1.426 |
2008 | 5.507 | 5.765 | -258 |
2007 | 5.502 | 5.289 | 213 |
Fonte: Ministério do Trabalho e Previdência Social – Caged
Matéria: Fábio Alcântara Lima