Mais uma vez, Stock Car em Mogi Guaçu é sucesso

Mais uma vez a Stock Car fez sucesso em Mogi Guaçu, no moderno autódromo Velo Città. Foram duas provas, com vitória de Thiago Camilo e Ricardo Zonta, num domingo, dia 5, para ficar gravado na memória do público que compareceu ao evento deste ano.

A estrutura foi impecável e a organização foi ainda melhor do que nos outros anos, com orientação ao público visitante e muitos serviços disponíveis em toda a área do autódromo. “O Velo Città é um sucesso que coloca Mogi Guaçu em evidência no automobilismo. Temos que dar os parabéns aos organizadores e aos pilotos, pelo belo espetáculos que pudemos ver neste domingo”, disse o vice-prefeito Daniel Rossi.

O vice-prefeito fez a entrega do troféu ao campeão Thiago Camilo. Na segunda corrida, Daniel Rossi entregou troféu ao segundo colocado, o ex-piloto de Fórmula 1 Rubinho Barrichello.

CORRIDAS
Na pista, Thiago Camilo fez valer a força da pole position para abrir a rodada dupla com vitória, enquanto Ricardo Zonta concentrou seus esforços na disputa complementar, sendo recompensado com o triunfo.

A primeira corrida viu Camilo liderar tranquilamente após a largada, perseguido de perto por Daniel Serra. Os dois permaneceram colados até a janela de pit stops, quando Nelsinho Piquet se colocou entre os dois após a janela obrigatória de paradas – o que fez o atual bicampeão pisar fundo para encostar no rival restando quatro minutos para o fim. Foi aí que o duelo passou a pegar fogo: enquanto Camilo abria um pouco no primeiro setor, Serrinha se aproximava nos seguintes.

Restando um minuto e meio, Serrinha acionou o Fan Push e arriscou a ultrapassagem por fora, mas Camilo conseguiu segurar a posição e neutralizar o push do rival e deixando tudo para a volta final. Para azar de Serrinha, Camilo também acionou o botão de ultrapassagem e conseguiu segurar a primeira posição, mesmo se deparando com diversos retardatários que apareceram caprichosamente nas últimas curvas.

No fim, ambos cruzaram a linha de chegada separados por 0s267, fazendo Camilo encerrar um jejum sem vitórias que durava desde Londrina em 2017. Com a inversão do grid, Julio Campos, o décimo, ficou com a pole da segunda corrida, seguido de Diego Nunes, Rubens Barrichello e Ricardo Zonta.

Já a segunda corrida contou com um acidente logo na largada envolvendo Gaetano di Mauro, Lucas Foresti e Rafael Suzuki, que vencera pela primeira vez o Fan Push. Lá na frente, Nunes passou Campos pela liderança. Nelsinho Piquet também rodou após um toque e caiu para o fundo do pelotão. Daniel Serra, para desviar da confusão, caiu de nono para 17º, sendo obrigado a fazer uma corrida de recuperação.

Com Barrichello acompanhando de camarote, Nunes e Campos iniciaram uma dura batalha que durou até a janela obrigatória de pit stops. Com o auxílio do Fan Push, Campos conseguiu tomar a ponta na volta número 4 – ao mesmo tempo, Zonta tomava o terceiro lugar de Rubinho. A diferença entre os lideres nas voltas seguintes não passava de meio segundo, com menos de cinco segundos separando os seis primeiros.

Com a janela de paradas se aproximando, Campos conseguiu um respiro de 1s2 para Diego Nunes, enquanto Marcos Gomes abandonava com problemas. E, assim que abriu a janela de pit stops, Campos e Barrichello seguiram na pista, enquanto a grande maioria que veio atrás parou nos boxes. Vencedor da corrida 1, Thiago Camilo tomou um toque lateral de Max Wilson e abandonou com problemas decorrentes da colisão, deixando escapar a chance de tirar pontos preciosos de Serra.

Uma volta após a abertura da janela, Campos foi aos boxes e Barrichello seguiu para tentar dar o pulo do gato. Enquanto isso, Campos perdia a posição para Zonta na saída do pit stop. O duas vezes vice-campeão mundial de F1 deu ainda mais duas votlas antes de parar, abrindo 16 segundos para Zonta, mas o pit stop de Barrichello levou muito tempo, com isso, Zonta e Campos passaram à frente. Diego Nunes, o primeiro a parar, viu seu segundo lugar se transformar em oitavo ao fim da janela.

Restando dez minutos para o fim da corrida complementar, Zonta ampliava para sete segundos sua vantagem, com Rubens Barrichello passando Julio Campos pelo seundo lugar, deixando o paranense na mira de Cacá Bueno na briga pelo quarto lugar – perdendo a posição voltas depois. Mais atrás, Nelsinho Piquet abandonava após praticamente atropelar o carro de Vitor Baptista, que andava em 12º lugar e rumava para seus primeiros pontos na estreia dele.

Nos minutos finais, Barrichello iniciou o ataque contra Zonta, tirando cerca de oito décimos por volta. Restando cinco minutos e 5s8 segundos, o piloto da Full Time passou a correr não só contra Zonta, mas também contra o relógio. Mais atrás, Campos segurava Casagrande, Nunes, Khodair, Maurico, Lima, Ramos e Fraga no braço – formando um longo (e disputadíssimo) trem – que foi o foco das atenções nas últimas voltas tamanha a quantidade de toques e disputas.

Na briga pela ponta, Zonta conseguiu manter a vantagem para Barrichello e teve como única obrigação levar o carro até o fim para vencer pela primeira vez neste ano e manter a tradição de sua equipe de ganhar uma corrida em todas as etapas já disputadas na pista do interior paulista. Cacá Bueno completou o pódio em terceiro, com Campos, Nunes e Ramos se enroscando na primeira curva deixando o caminho livre para Casagrande ser quarto.

Mesmo chegando em 16º na segunda corrida, Serra manteve a liderança com 61 pontos, contra 59 de Barrichello e 55 de Ricardo Maurício.

 

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