A cada dia que passa, a causa protetiva aos animais ganha espaço e amplia suas dimensões em todo território nacional, graças às mídias sociais, além de palestras que, modéstia à parte, ministro em escolas, faculdades, além de artigos publicados em jornais, revistas e similares, objetivo maior de idealistas que se dedicam exclusivamente ao alusivo assunto. Todavia, não há união, o que pode denotar enfraquecimento e permeá-la de suposta fraqueza, por mais paradoxal que possa parecer. Como diz o velho ditado – a união faz a força e precisamos nos unir em todo o Brasil, comunicarmo-nos constantemente, trocando informações para que sejamos muito fortes e determinados.
À luz dessas iniciais palavras, procuro abrir espaço para informações contextualizadas na minha experiência de defensor dos animais e jornalista dedicado exclusivamente ao assunto, externando fatos e acontecimentos para esclarecimento da sociedade, a fim de pormos fim à crueldade contra os animais, seres sencientes que precisam ter suas vidas preservadas. Nada justifica a maldade humana contra eles. Há muita estrada ainda a ser construída e precisamos ser operários fortes e unidos, construindo novos caminhos de entendimento em relação à grande obra libertária que precisa se perenizar, passando de geração a geração. Não posso entender de forma diferente, por isso, faz-se mister conjugarmos o verbo unir no presente e no futuro.
REUNIÃO NA CÂMARA DOS VEREADORES NO RIO DE JANEIRO
Oportunidade singular e reconhecimento de meu trabalho
E como defensor dos animais que prega a união, comunico aos leitores de meus artigos publicados nesse ótimo jornal o seguinte: fui convidado a participar de uma reunião na Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro no dia 25 do corrente mês, juntamente com diversos parlamentares para discutirmos políticas públicas na defesa dos animais em nossa cidade, uma frente parlamentar com apenas um objetivo – a libertação animal – o que se torna indispensável em nossos propósitos. Para mim, sem dúvida, é uma imensurável honra, o fato de ter sido convidado, entendendo que meu trabalho é reconhecido por parlamentares e que minhas palavras têm consistência para modificarmos paradigmas úteis e indispensáveis. Distante de qualquer vaidade, asseguro que é resultado de minha intensa dedicação, um ideal espiritualista que abracei há anos e não irei declinar, frente às dificuldades que encontro e encontrarei. Defender a vida dos animais é o meu desiderato.
ENTREI EM CONTATO COM O MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Convencer autoridades a tornar obrigatória na rede escolar os estudos sobre a senciência e direitos dos animais
Semana passada, entrei em contato com o Ministério da Educação sugerindo a obrigatoriedade desses estudos e o mesmo foi encaminhado ao setor responsável e, em breve, obterei resposta conclusiva. É fundamental que os alunos aprendam desde a tenra idade a respeitar a vida dos animais nas escolas, pois é o único caminho para mudarmos o que precisa ser modificado, pondo fim à crueldade humana em relação aos animais, estender tais conhecimentos aos alunos universitários, legitimando-a como disciplina propedêutica em diversos cursos, principalmente, relacionados à Medicina Veterinária, Biologia, Direito e, por fim, Meio Ambiente. Se houver união dos defensores dos animais, atingiremos esse nobre objetivo. Não pode ser diferente!
Como eu já afirmara reiteradas vezes, somente educando a nova geração poremos fim à crueldade contra os animais que ainda é intensa em nosso país e a legislação branda. Nos EUA se um indivíduo matar um animal e levado a juízo será condenado de 1 a 14 anos de reclusão. Por que no Brasil não pode haver uma pena contundente contra os ceifam a vida animal, caçadores, produtores de rodeios, vaquejadas, farra do boi, rinhas de animais, abandono, etc?
A NATUREZA É CONSIDERADA UM BEM DIFUSO, SEGUNDO A CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA DE 1988
É fundamental que a sociedade brasileira saiba que quando nos referimos, por exemplo, à proteção ambiental em sua ampla diversidade, sem dúvida estão inseridos no contexto os biomas, ecossistemas, consequentemente, a fauna e flora. A Constituição Federal de 1988 entende o assunto como bem difuso, ou seja, pertencente à toda sociedade, dever de todos nós a proteção à natureza. É preciso que compreendamos que cada dia que passa é uma nova e singular oportunidade para ampliarmos o horizonte de nosso conhecimento, a remissão do que consideramos impróprio e errado no tratamento em relação aos animais, verdadeiros atavismos culturais que advêm de longo tempo e insistem em prevalecer. E precisamos modificá-los!
Para concluir, inspiro-me nas sábias palavras do filósofo grego e pré-socrático, de nome Heráclito, século VI a.C. : o que é agora, no próximo momento não é mais. Há um constante devir e tudo se modifica. E precisamos modificar o que está errado, sedimentado no tempo, prejudicando os animais.
A vida é uma profícua escola e devemos ser vigilantes e protetores do planeta Terra, consequentemente, a fauna e a flora, nossa dedicação e exclusividade. Isso sinaliza que precisamos ser mais fortes na causa protetiva à fauna em sua diversidade, unindo-nos para sermos imbatíveis, com argumentos solidificados na verdade. Não pode ser diferente, afinal, a união faz a força!
Gilberto Pinheiro – jornalista, palestrante em escolas, universidades, consultor da Comissão de Proteção e Defesa dos Animais da OAB – RJ e ex articulista da AMAERJ – Associação dos Magistrados
do Estado do Rio de Janeiro, destacando a senciência e direitos dos animais.
PINGANDO SABEDORIA
O amor por todas as criaturas vivas é o maior atributo do homem
Charles Darwin