BrasilAgro encerra safra 2022/23 com lucro líquido de R$ 268,5 milhões e segunda melhor receita da história 

Foto Ilustrativa

Companhia, especializada na compra e venda de fazendas e na produção de alimentos, fibras e bioenergia, registrou Ebtida de R$ 533,7 milhões, com margem de 39%

São Paulo, 6 de setembro de 2023 – A BrasilAgro encerrou a safra 2022/23 com lucro líquido de R$ 268,5 milhões, com margem líquida de 19%. Para este resultado, a empresa destaca a importância da combinação de resultados agrícolas e a comercialização de terras.

A receita líquida entre julho de 2022 e junho deste ano atingiu R$ 1,3 bilhão, 9% menor que o resultado de R$ 1,4 bilhão da safra anterior, marcada por uma supervalorização de commodities. Foi o segundo melhor desempenho da história da companhia.

“Resultados que reforçam cada vez mais a importância do nosso modelo de negócio, que combina retorno imobiliário e operacional, e nossa estratégia de diversificação de portfólio por regiões e culturas”, diz André Guillaumon, CEO da BrasilAgro, em mensagem ao Mercado.

A margem Ebitda na safra encerrada em 30 de junho cresceu quatro pontos percentuais, em relação ao ciclo produtivo anterior, atingindo 39%, ante os 35%.

Na mensagem ao Mercado, Guillaumon destaca que a safra foi marcada por queda no preço das commodities, desvalorização do câmbio e eventos climáticos que afetaram a produtividade de grãos e algodão em algumas regiões. A empresa também pontua que houve aumento nos custos de produção devido aos preços de fertilizantes, sementes e combustíveis.

“Essa combinação de fatores, impactaram os resultados das operações agrícolas, que apresentaram boas margens, em linha com as margens históricas, mas bem abaixo das margens atingidas na safra passada, onde tivemos resultado recorde na operação”, diz trecho da mensagem.

No trimestre, a receita líquida cresceu 50%, em relação a igual período de 2022, passando de R$ 420 milhões para R$ 631,5 milhões. Na mesma base de comparação, o Ebitda ajustado apresentou um aumento expressivo, passando de R$ 66,9 milhões para R$ 365,2 milhões.

A operação agrícola respondeu pelo maior volume de receita durante a safra, totalizando R$ 903,4 milhões. Ao todo, a companhia comercializou 1.967.162 toneladas de cana-de-açúcar, soja, milho, algodão, dentre outros.

Já a venda de fazendas somou R$ 445,4 milhões. Ao longo da safra, a empresa vendeu 12,7 mil hectares, sendo 9,1 de áreas úteis, gerando uma TIR de entre 13,6% e 52,4%.

A empresa também cita que, ao longo da safra, mais 7 mil hectares foram transformados. “Isso representa um crescimento médio de 22% na transformação do portfólio, que é o principal vetor de valorização das nossas propriedades”.

Em 30 de junho, a Deloitte Touche Tohmatsu – consultoria contratada para realizar avaliação de mercado das nossas propriedades – avaliou o portfólio de propriedades da companhia em R$3,6 bilhões.

Dividendos

No balanço ao Mercado, a BrasilAgro informa que solicitou o pagamento de R$ 320 milhões em dividendos, que depende de aprovação da Assembleia de Acionistas marcada para 24 de outubro.