COMO IDENTIFICAR UM BORDERLINE
Por Adriana Cruz
Transtorno de personalidade limítrofe, ou mais conhecido como Borderline, é um distúrbio que causa prejuízos tanto para quem sente seus sintomas, quanto para quem convive com a pessoa que o apresenta. Para identificarmos indivíduos com Transtorno de Personalidade Borderline, devemos observar diversas alterações, considerando as disfunções nos âmbitos emocionais, cognitivos, comportamentais e pessoais. São pessoas que normalmente sofrem muito porque sentem, agem e pensam de forma disfuncional e têm um padrão próprio e distorcido da realidade, com dificuldade de ver o mundo como ele realmente é e de se relacionar com os outros de forma saudável.
Identificando um Borderline:
– Emoções intensas e dúbias: Ele tem excesso de sensibilidade, oscilando as reações sem conseguir um meio termo. Sente tudo ou nada, ama ou odeia, enaltece ou xinga, jura amor eterno ou despreza. E vai de um extremo a outro em pouco tempo;
– Reações exageradas: apresenta comportamentos descabidos. As pessoas do seu convívio sentem que precisam pisar em ovos pois nunca sabem o que esperar dele;
– Oscilação do humor: Até pequenos acontecimentos, um comentário ou uma opinião contrária, são motivos para tira-lo do sério;
– Ira e comportamento inadequado: Com quem tem mais intimidade ele pode estar no meio de uma conversa civilizada e, de repente, se ofender com algo, gritar e se descontrolar a ponto de agredir fisicamente;
– Agitação física: É inquieto, hiperativo e com rompantes de fúria. Quando não quebra o que vê pela frente, por dentro está se controlando para não fazer isso;
– Baixa auto estima: sente culpa, vazio, tédio, arrependimento e vergonha de si mesmo;
– Inflexibilidade e Intolerância: é conhecido como o “cabeça dura” por seus pensamentos rígidos e por ser irredutível, chegando a desprezar ou humilhar quem não compartilha das mesmas opiniões que as suas;
– Visão autodepreciativa: costuma se comparar com os outros e se sente inferior. É daqueles que diz “eu sei que você me acha um burro”, “pra você eu não presto mesmo” ou ainda “ninguém me leva a sério”. Na maioria das vezes essas opiniões são a forma como ele se vê. E não adianta o que disserem, ele vai continuar acreditando no que está enraizado na mente dele, se depreciando e colocando palavras na boca dos outros.
– Necessidade de controle: por ter um medo inconsciente de abandono ou rejeição, torna seus relacionamentos sufocantes. Acredita que estará mais seguro tendo o controle das pessoas e das situações.
– Atitudes impulsivas e de risco: normalmente faz uso de álcool ou outras drogas, desenvolve compulsões, dirige perigosamente ou é adepto de aventuras imprudentes.
– Relações caóticas: seus relacionamentos tendem a ser repletos de brigas ou hostilidade. Sustenta relações infelizes por depender emocionalmente da outra pessoa ou por se “acostumar” àquela situação de conflito.
– Baixa tolerância à frustração: Ele não é tão racional, age muito mais movido pelos instintos, portanto quando as coisas não saem do jeito que ele imaginou não consegue aceitar com tranquilidade nem sabe lidar bem com nenhum tipo de perda.
– Dificuldade de concentração: normalmente se sente exausto mentalmente porque sua cabeça não para, vive agitado com um turbilhão de pensamentos.
– Instabilidade afetiva X Área profissional: seu desempenho no trabalho está diretamente ligado às relações emocionais. Ora está feliz, produtivo e prosperando, ora está com tédio, desmotivado e procrastinando. Tudo depende de como anda sua vida amorosa porque ele não consegue separar as coisas nem ter equilíbrio emocional.
Vale lembrar que as pessoas com Borderline não são o tempo todo explosivas, mas estão sempre por um fio e “saem do eixo” com muita facilidade, o que é triste e angustiante. Quando estão equilibradas são pessoas agradáveis, criativas e muito inteligentes. A questão é que a busca por esse equilíbrio não é algo tão comum de acontecer. Por terem uma percepção distorcida de si mesmas e do mundo, além de crises de identidade, demoram a reconhecer que precisam de ajuda. Muitas desenvolvem ansiedade generalizada ou depressão e uma grande maioria tenta o suicídio.
Portanto, se você se viu na maior parte da lista descrita acima, pare de sofrer achando que está condenado a ser assim pra sempre. Existem tratamentos que melhoram radicalmente a vida de um Borderline. As terapias adequadas ajudam a identificar os gatilhos que desencadeiam os comportamentos disfuncionais, cessam a ansiedade, os medos, as angústias e podem proporcionar uma vida com muito mais qualidade. Se você não está passando por isso mas conhece alguém assim, vale insistir com essa pessoa para que ela busque ajuda e possa viver melhor e feliz.
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Um ótimo final de semana e até a próxima!
Adriana Cruz
Terapeuta, Jornalista e Palestrante
– Especialista em:
– Transtornos Emocionais, pelo método TRG;
– Leitura Corporal;
– Técnicas de Neurociência
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