Empregos formais na RMC têm saldo negativo no mês de maio

Dados registram queda de 291 postos de trabalho; mais velhos são os mais afetados

A Região Metropolitana de Campinas (RMC) apresentou saldo negativo de empregos formais no mês de maio. Segundo análise do Observatório PUC-Campinas, baseada nos dados divulgados pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) nesta quinta-feira (27/06), houve queda de 291 postos de trabalho considerando os 20 municípios que compõem a região. (VEJA ESTUDO COMPLETO)

O Setor da Construção Civil, a exemplo dos meses anteriores, evitou que o resultado fosse ainda pior, gerando saldo positivo de 232 novas vagas. Em contrapartida, os outros setores ostentaram números ruins: o fechamento de oportunidades no Comércio, nos Serviços e na Indústria – em especial nos segmentos da metalúrgica e de material de transportes – mostrou-se maior do que as contratações neste período. Campinas, Paulínia e Americana exibiram as maiores quedas.

Para a economista Eliane Rosandiski, responsável pelo estudo, os resultados indicam um cenário pessimista. “Como é possível observar, até os setores de Serviços e Comércio, que sustentaram a dinâmica na região nos últimos meses, perderam protagonismo. Além disso, cabe dizer que as demissões entre os mais velhos, acompanhadas das contratações de jovens, revelam uma típica estratégia de economia de custos, o que é um péssimo sinal”, frisou.

Para se ter ideia, os empregos oferecidos para a faixa etária entre 18 e 24 tiveram saldo positivo de 1.183 novos postos. O contexto para os profissionais mais velhos foi bastante diferente: saldo negativo de 702 e 524, respectivamente, para as faixas de 50 a 64 e 40 a 49 anos de idade. Por sexo, o ajuste foi maior entre os homens, porém o salário médio das mulheres se manteve 80% menor em relação ao pago para o público masculino.

Observatório PUC-Campinas

O Observatório PUC-Campinas é responsável pelo monitoramento de dados socioeconômicos da Região Metropolitana de Campinas (RMC) e está, atualmente, amparado em quatro eixos temáticos: Atividade Econômica/Comércio Internacional; Emprego/Renda; Sustentabilidade/ Desafios do Milênio; e Indicadores Sociais. Os estudos se estruturam na seleção de indicadores e análise sistêmica de dados que podem ser usados em diversos setores da sociedade.

 

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