Fumaça da Amazônia e clima de deserto deixam Brasil em Alerta
Setembro chegou e com ele a previsão de um mês crítico para o Brasil do ponto de vista climático. A fumaça das queimadas na Amazônia, que atingem níveis recordes, já chegou ao Distrito Federal e a 15 estados brasileiros, segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Entre domingo e segunda-feira, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) identificou 3.432 focos de calor na Amazônia, registrando o pior dia de queimadas na região no ano. A previsão é de que a fumaça continue a se espalhar, afetando a qualidade do ar e a saúde da população.
Além da fumaça, o Brasil enfrenta também uma das piores secas da história. Pelo menos 244 cidades registraram umidade relativa do ar em níveis comparáveis aos de desertos como o Saara, no norte da África, e o Atacama, no Chile, considerado o deserto mais seco do mundo, e que já registrou umidade de 5%. O Distrito Federal chegou bem perto disso. Sem chuva há mais de 115 dias, e com temperatura alta o DF registrou o dia mais seco da história com 7% de umidade na terça-feira.
A situação se repete em estados como Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, interior de São Paulo e Minas Gerais e se agrava com temperaturas em torno de 40 graus. O Inmet emitiu alerta laranja para a baixa umidade do ar, afetando diversas regiões do país.
Enquanto o clima segue severo, especialistas alertam para os riscos à saúde e ao meio ambiente. Beber muita água e evitar praticar atividades físicas durante o horário de pico de calor, são alguns dos cuidados recomendados.
Reportagem katia maia
Agência Voz
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil