Homem morre com suspeita de H1N1 em Artur Nogueira
Um homem morreu na madrugada do domingo (10), em Artur Nogueira com suspeita de H1N1, doença causada por um vírus também conhecida por influenza A e gripe suína. O vendedor autônomo Dorival Henrique Camilo, de 55 anos de idade, estava internado há cinco dias no Hospital Bom Samaritano.
De acordo com o Hospital, o paciente foi atendido no Pronto-socorro com tosse, febre e diagnosticado com pneumonia. Foi iniciado o tratamento ambulatorial e o paciente recebeu acompanhamento hospitalar. No dia 5, quando Camilo retornou para receber a medicação, o médico avaliou uma piora no quadro e resolveu colocá-lo em observação.
Mesmo com as medicações, no dia seguinte, ele teve mais uma piora e os médicos intensificaram o tratamento. Na mesma noite, o paciente evoluiu para um quadro de insuficiência respiratória. Foi entubado, sedado e transferido para uma área isolada do hospital.
Após radiografia foi diagnosticada uma pneumonia atípica, normalmente identificada em pacientes com debilidade imunológica. De acordo com os médicos, Camilo sofria de diabete, hipertensão e era tabagista. Fatores que poderiam levar a uma pneumonia atípica. “A pneumonia atípica mais comum em nosso meio é a H1N1. E passamos a suspeitar dela”, afirma o médico Dalton Vinicius Liedke, que acompanhou todo o caso.
Após a suspeita da doença, o hospital comunicou a Vigilância Epidemiológica, que passou medicamentos apropriados para o combate da doença. A Vigilância ainda coletou exames e enviou o material para o Instituto Adolfo Lutz, que deve confirmar ou não a suspeita.
Como o quadro do paciente piorava, os médicos solicitaram uma transferência na Central de Vagas, que informou não ter, naquele momento, vaga de isolamento em outros hospitais da região. “Nós estávamos aguardando o resultado do exame e uma vaga. Enquanto isso, estávamos tratando o paciente da melhor forma possível. Ele continuou no isolamento, inclusive recebendo medicação própria para combater o H1N1. Mas, o paciente evoluiu para um quadro de disfunção de órgãos e entrou em óbito na madrugada de domingo”, relata Liedke.
O corpo de Dorival Henrique Camilo foi velado com o caixão lacrado. O sepultamento aconteceu na tarde de domingo (10) no Cemitério Municipal de Artur Nogueira. O resultado do exame está previsto para sair na próxima semana.
OUTRAS SITUAÇÕES
O hospital nega que, atualmente tenha outros pacientes e, até mesmo funcionários, internados sob a suspeita de H1N1. Na semana passada uma mulher de 36 anos procurou o hospital e também foi diagnosticada com pneumonia. Em certo momento, os médicos suspeitaram que também poderia ser um caso H1N1, coletaram materiais para exame e enviaram para análise. “Mas no dia seguinte ela apresentou uma melhora importante. O que nos leva a crer que ela teve uma pneumonia que respondeu aos antibióticos. Como houve essa melhora, a gente a liberou para casa, com todos os cuidados e hoje ela está bem. A gente continua avaliando ela todos os dias. Ela está na própria casa. E podemos dizer que ela está curada. Ela pode ter tido o H1N1, em um quadro mais leve, e melhorado. Se o exame dela der positivo significa que ela teve a doença, mas melhorou”, afirma Liedke.
Os médicos afirmam ainda que a mulher não teve contato de nenhuma forma com Camilo dentro do hospital. Reafirmando que não há nenhum funcionário internado no hospital sob a suspeita da doença, a enfermeira responsável pelo Bom Samaritano, Eloir Westphal, relata que uma candidata à vaga na área de Enfermagem procurou emprego no hospital, mas estava resfriada, e foi dispensada naquele momento. “Na semana passada uma auxiliar de Enfermagem veio solicitar emprego. Decidimos coloca-la em um treinamento, para saber se ela se adequava ao hospital. Ela ficou apenas um dia, no dia 5. Mas percebemos que ela estava bem resfriada. Ela chegou aqui resfriada. Pedimos para ela passar com um dos nossos médicos, foi medicada e liberada em seguida”, relata Eloir.
Segundo a direção do hospital, ela não foi diagnosticada com pneumonia, nem com H1N1.