Investimentos turbinam atendimento nas unidades pré-hospitalares da Rede Mário Gatti
Crédito Foto Rogério Capela
As unidades pré-hospitalares da Rede Mário Gatti de Urgência, Emergência e Hospitalar tiveram um aumento de 14,9% nos atendimentos entre janeiro e novembro de 2024, comparado ao mesmo período do ano passado. Foram 418 mil atendimentos em 2023 e 480,5 mil até o fechamento de novembro do último ano nas quatro unidades de pronto atendimento (UPAs) e no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Esse crescimento, segundo o diretor de Urgência e Emergência da Rede, Steno Pieri, é resultado da adequação das estruturas, dos fluxos e da qualificação dos profissionais que têm permitido que as unidades possam dar atendimento de qualidade, mesmo nos períodos de sobrecarga, como ocorreu no início de 2024, com a alta dos casos de dengue.
As quatro UPAs realizaram 417 mil atendimentos em 2023 e 479,3 mil nos 11 primeiros meses de 2024. O maior crescimento no atendimento ocorreu na UPA Carlos Lourenço, com um aumento de 45,5% (56,9 mil em 2023 e 82,9 mil em 2024). Esse crescimento, segundo Pieri, é decorrência, também, da implantação do atendimento pediátrico na unidade em janeiro.
Desde de que foi inaugurada em 2019, essa UPA atendeu exclusivamente adultos. Era uma reivindicação da população daquela região, que precisou ser postergada em função da pandemia de covid-19, quando a unidade foi convertida em hospital de campanha.
Na UPA Campo Grande, os atendimentos cresceram 8,7% (de 125,6 mil no ano passado para 136,5 mil em 2024 até novembro); na UPA Anchieta Metropolitana foram 97,6 mil atendimentos em 2023 e 112,9 mil no ano passado, com 15,5% de aumento e na UPA São José o crescimento foi de 8,9% (de 100,4 mil para 109,5mil).
O Samu teve um aumento de 3,6% no atendimento com as ambulâncias de suporte avançado (UTI) e de suporte básico e as motolâncias – 37,2 mil em 2023 e 38,5 mil até novembro de 2024.
Três unidades (Campo Grande, Anchieta e São José) adotaram, há dois anos, novo modelo de assistência, com recursos humanos alocados por entidades contratadas por meio de licitação. Os profissionais que atuavam nas unidades foram remanejados para reforçar escalas em outros serviços da Rede. Isso permitiu, segundo Pieri, que a pediatria da UPA Campo Grande passasse a funcionar aos finais de semana, o que não ocorria há vários anos. Foi possível, também, abrir um andar exclusivo para a pediatria na UPA Anchieta Metropolitana e iniciar o atendimento pediátrico na UPA Carlos Lourenço.
Investimentos
Um dos investimentos importantes nas unidades de pronto atendimento foi a implantação do tele-eletrocardiograma (Tele-ECG), sistema em que os eletrocardiogramas de urgência, realizados nas unidades, contam com o laudo emitido, em tempo real, pelo HCor Associação Beneficente Síria.
Os cardiologistas do HCor recebem o eletrocardiograma realizado na UPA pela internet, além de informações clínicas, doenças de base e medicação que o paciente utiliza. Em até 15 minutos, emitem o laudo confirmando ou não a patologia cardíaca.
As UPAs receberam novos equipamentos de raio-x, com tecnologia que viabiliza a comunicação e o arquivamento de imagens de maneira segura. Esse sistema permite, por exemplo, que os hospitais Mário Gatti e Ouro Verde e as UPAs acessem raio-x que tenham sido realizados em qualquer unidade da Rede Mário Gatti.
A integração, entre outras vantagens, evita duplicidade de exames: um paciente que foi atendido, por exemplo, na UPA Campo Grande, que fez raio-x e foi transferido para o Hospital Ouro Verde, não necessitará fazer outra radiografia no hospital, porque o médico terá acesso, pelo computador, ao exame realizado na unidade de pronto atendimento.
Também foram adquiridos equipamentos como ultrassom e eletrocardiógrafos que reforçaram o arsenal tecnológico para diagnósticos nas unidades de pronto atendimento.
Crédito Foto: Carlos Bassan
Se o paciente fez raio-x na UPA Anchieta e foi transferido para o Hospital Ouro Verde, por exemplo, médico terá acesso, pelo computador, ao exame já realizado