Jornada do Patrimônio discute situação, preservação e potenciais a serem explorados

Ocorreu na manhã do último sábado, 22, a Jornada do Patrimônio na cidade de Itapira. O evento é organizado pela UPPH (Unidade de Preservação do Patrimônio Histórico), uma das Coordenadorias da Secretaria de Estado da Cultura e braço do Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico) em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo e teve como foco de abordagem não apenas o patrimônio edificado, material, mas também o imaterial, que abrange o conjunto de saberes de um grupo, como as festas, o artesanato e a culinária de cada região.

Os trabalhos foram iniciados com o Seminário do Patrimônio Histórico Material e Imaterial de Itapira na Escola Estadual ‘Dr. Júlio Mesquita’ e o ciclo de palestras contou com as participações da professora doutora Raissa Pereira Cintra de Oliveira, do professor mestre Ezequiel Barel Filho, do cientista social Samuel Augusto Elias e do coordenador do Museu Histórico e Pedagógico ‘Comendador Virgolino de Oliveira’ Eric Apolinário. Além de demonstrarem um amplo panorama sobre a história de Itapira, seu crescimento e a conservação do patrimônio arquitetonico, cultural e paisagístico que está fisicamente no dia-a-dia da população, eles também levantaram questões importantes sobre a preservação dos mesmos.

Além dos palestrantes locais, também teve a palavra o Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico). O técnico da UPPH (Unidade de Preservação do Patrimônio Histórico) da Secretaria de Estado da Cultura José Antonio Chinelato Zagato trouxe uma apresentação personalizada para Itapira, demonstrando o potencial da cidade no segmento e destacando a Congada Mineira e a Festa de Maio como os principais patrimônios imateriais do município.

Encerrando a programação, houve o lançamento da SAMI (Sociedade dos Amigos dos Museus de Itapira), uma associação sem fins lucrativos que vai atuar diretamente no auxilio, planejamento, captação de recursos e elaboração de projetos para os museus itapirenses.

A última atividade do seminário foi a exibição de vídeos do Sr. José Alves, 91 anos, morador de Barão Ataliba Nogueira que foi descoberto pela equipe da Secretaria de Cultura e Turismo. “Seo José é um poeta auto didata que nunca escreveu e guarda seus poemas exclusivamente na memória, trazendo à tona uma saudosa Itapira que precisa ser imortalizada, preservada e difundida entre todos”, afirmou Ricardo Pecego, diretor de Cultura.

Depois do seminário, aconteceram visitas em alguns prédios históricos da cidade na tarde de sábado e de domingo. Na avaliação da Secretaria de Cultura e Turismo, apesar da baixa adesão nas visitas o resultado do seminário deve impulsionar boas iniciativas para Itapira.

 

Comentários