Mês da mulher: a importância da realização de exames preventivos
Março é conhecido como o mês da mulher, e nesse período tão
especial e simbólico, não podemos esquecer da saúde feminina. A
prevenção de diversas doenças é feita através de exames os quais
podem identificá-las ainda no início, o que as torna mais fáceis de
tratar e evitar que cheguem ao estágio de câncer, principalmente
quando se fala da saúde sexual, já que a maioria das patologias são
silenciosas.
Sem um tratamento adequado e ágil, o câncer é uma das possíveis
doenças que possui potencial evolutivo, mas outras ocorrências também
podem surgir. “Quando falamos da saúde da mulher, precisamos abordar a
saúde sexual, onde o diagnóstico tardio pode gerar a infertilidade,
câncer, prematuridade, má formação fetal e até aborto”, explica
Rodrigo Faitta Chitolina, supervisor de laboratório e responsável
técnico do ID8 – Inovação em Diagnóstico.
“Algumas Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) podem ser
causadas por mais de 30 tipos de vírus, bactérias, fungos e
protozoários que, apesar de serem curáveis, muitas vezes são
assintomáticos”, afirma Chitolina. A falta de diagnóstico preciso
também é um problema, já que aumenta a resistência dos patógenos.
Algumas doenças como a _Mycoplasma genitalium_ apresentam resistência
a antibióticos.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), os principais
casos de câncer em mulheres no Brasil são os de mama, cólon e reto e
de útero. No mundo, o câncer de colo de útero é o quarto tipo mais
frequente em mulheres, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).
O responsável por quase de 100% dos casos de câncer do colo do útero
é o Papiloma Vírus Humano (HPV), que pode ser identificado através de
exames de imagem ou de análise, e em alguns casos, o pedido de biópsia
é feito.
“Algumas Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) podem ser
causadas por mais de 30 tipos de vírus, bactérias, fungos e
protozoários que, apesar de serem curáveis, muitas vezes são
assintomáticos”, afirma Chitolina. A falta de diagnóstico preciso
também é um problema, já que aumenta a resistência dos patógenos.
Algumas doenças como a _Mycoplasma genitalium_ apresentam resistência
a antibióticos. Já a Sífilis, por exemplo, foi considerada uma
epidemia e tem um crescente número de casos ano após ano.
Paraná teve queda em número de casos
Nos últimos anos houve uma redução considerável nos casos de ISTs em
mulheres no estado do Paraná. Um dos principais motivos para essa
redução pode ter sido ocasionada pela pandemia, com o agravamento da
Covid-19 no mundo inteiro as pessoas deixaram de procurar atendimento
médico para outras doenças.
Segundo a Secretaria da Saúde do Paraná (SESA), em 2019, foram
registrados 697 casos de mulheres que adquiriram Hepatite B. Já em
2020, o número diminuiu para 369, chegando a 301, no último ano. Em
outras infecções a diferença de casos chegou a ser mais expressiva,
como é o caso da Sífilis. Em 2019 foram registrados 4.750 novos casos,
em 2020 o número caiu para 2.739 e chegou a 268 em 2021.
A redução no número de casos de Aids entre o período de 2017 e 2020
foi de 52%. O HIV (vírus causador da Aids) também teve uma
diminuição no número de casos, com uma queda de 29% no mesmo
período. Nesse caso, a doença costuma ser assintomática até evoluir
para a Aids, ou seja, não necessariamente uma pessoa que é
diagnosticada com HIV, possui Aids. A doença não tem cura, mas há
tratamentos disponíveis.
Exames de prevenção
Os exames preventivos são a melhor saída para evitar diversos tipos de
doenças e até mesmo problemas na gravidez – tanto para a mulher,
quanto para o feto. Essas análises acompanham a mulher em todas suas
fases da vida. Alguns são realizados desde a primeira consulta ao
ginecologista, outros, após uma determinada idade ou ocorrência e
devem ser repetidos todos os anos ou conforme indicação do médico.
Confira alguns e o que identificam e previnem:
Ultrassom pélvico: Exame não invasivo que possibilita ver útero, colo
uterino, vagina, tubas uterinas e ovários. Geralmente é indicada a
realização desde a primeira menstruação, pois garante que não
existam complicações. Também é possível realizar o ultrassom
transvaginal, exame que permite visualizar as mesmas estruturas de forma
interna;
Papanicolau: Neste exame é possível identificar diversas doenças,
como, por exemplo, Clamídia, Sífilis, Gonorreia, HPV, Candidíase,
Tricomoníase e também detectar a presença de nódulos ou cistos. A
realização desse exame é necessária para mulheres que iniciaram sua
vida sexual, principalmente as que possuem entre 25 e 59 anos;
Mamografia e ultrassom das mamas: O exame de mamografia é pedido para
mulheres a partir dos 40 anos, ou que tenham casos de câncer de mama na
família. Ele detecta possíveis nódulos ou cistos. Para mulheres com
menos de 40 anos, é indicado o ultrassom das mamas, e caso haja alguma
alteração, é necessária a realização da mamografia;
Exame de sangue: Através da análise de amostras é possível verificar
os níveis de colesterol, anemia, triglicérides, vitaminas e até mesmo
se há a presença de alguma IST). Qualquer irregularidade nesse exame
deve ser verificada posteriormente, pois provavelmente indica que algo
está errado.
Importância de um resultado rápido e preciso
Assim como em diversas doenças, quanto mais rápido e com exatidão o
resultado das ISTs for, mais cedo o tratamento adequado irá iniciar e
as chances de um avanço na patologia serão menores. Na ID8, o exame de
Painel HPV faz a detecção do HPV e genotipa 35 tipos do vírus,
informando se é de alto ou baixo risco e qual é o genótipo
específico, dando a oportunidade do médico realizar um tratamento com
maior direcionamento e aumentar as chances de um diagnóstico precoce de
um possível câncer.
Os sintomas e sinais das ISTs são bastante similares, então apenas o
diagnóstico clínico pode levar a um tratamento empírico e até mesmo
incorreto, por esse motivo se faz necessário a realização de exames.
Com a agilidade no diagnóstico, os médicos possuem uma segurança
maior sobre como tratar seus pacientes e evitar possíveis
anormalidades. “Outra vantagem do painel de ISTs molecular é que, para
uma gestante, esse diagnóstico molecular ágil e sensível pode evitar
complicações, como a prematuridade, onde muitas vezes o diagnóstico
de ISTs pelas metodologias tradicionais de sorologia e/ou cultivo podem
demorar muito tempo para ter um resultado e laudo, levando a casos de
nascimentos prematuros devido a esse diagnóstico tardio”, finaliza o
responsável técnico do ID8.