Mogi Guaçu participou da Conferência Nacional de Saúde da Mulher
Mulheres de todo o país estiveram reunidas na 2ª Conferência Nacional de Saúde da Mulher (CNSMu), que contou com abertura na quinta-feira, dia 17 de agosto, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília. Ao todo, 1.800 mulheres de todos os estados brasileiros estiveram reunidas para propor diretrizes para a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher.
Mogi Guaçu esteve presente, representando a delegação do Estado com as delegadas Dalva de Lima e Eliana Moutinho, eleitas nas etapas Estadual e Macrorregional, ocorridas em Águas de Lindóia e Piracicaba, respectivamente.
Foram quatro dias de intensos de debates em Brasília. 1.261 delegadas representavam todos os estados da federação. A defesa do SUS (Sistema Único de Saúde) foi pauta permanente nas discussões no evento. O objetivo da conferência foi propor diretrizes para a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Mulheres.
De acordo com a coordenadora da 2ª CNSMu, Carmen Lucia Luiz, os desdobramentos da Conferência serão estratégicos para a efetivação da integralidade da saúde das mulheres. “Daqui saem motivos para muitas outras lutas, as propostas construídas precisam ser trabalhadas nos estados e municípios para que sejam efetivadas e de fato possamos ter mais integralidade e equidade para a saúde das mulheres”, afirma.
Cerca de 320 propostas irão integrar o relatório final da conferência, que será apresentado em outubro no colegiado do CNS. Além disso, as delegadas propuseram 24 moções de apoio e repúdio. Quinze continham as 320 assinaturas das delegadas, como previsto no regimento da Conferência, e, assim, puderam seguir para a votação no plenário. Destaca-se um conjunto de mulheres que se posicionaram contra a Emenda Constitucional 95/2016, que congela os gastos com saúde e educação por 20 anos.
Laboratório
Durante a plenária final, seis experiências diferentes de projetos do “Laboratório de Inovação” receberam menção honrosa do CNS da Organização Pan-americana de Saúde (OPAS). As experiências são o Ambulatório Trans, em Lagarto (SE), que acolhe a população transexual de forma humanizada com atendimento médico e psicossocial; o projeto Passo a Pássaro, em Teresina (PI), com atendimento e oficinas em saúde às mulheres privadas de liberdade da Penitenciária Feminina de Teresina.
Foram também homenageados o projeto Barriguda, em Macaíba (RN), que realiza pré-natal na comunidade quilombola Capoeiras; o projeto Práticas de Cuidado em Saúde com Trabalhadoras do Sexo, com acolhimento a esse segmento, em Fortaleza (CE); o projeto TransformaDor, realizado pela Universidade Federal do Pará (UFPA), atende mulheres grávidas para que elas não sofram violência obstétrica e tenham liberdade sobre seus corpos e seus partos; e o projeto Mulheres da AP 2.2, realizado em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde e Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj).
Matéria: ASCOM