Plano de ação intensifica contato entre pais, alunos, equipe gestora e professores em Mogi Mirim

Mais de dois meses após o fechamento das escolas e a suspensão temporária das aulas presenciais como forma de desacelerar a transmissão da Covid-19, foi necessário uma soma de esforços para que a Secretaria de Educação, ao lado das equipes gestoras das unidades escolares, reorganizassem o calendário escolar em 2020.

A utilização da tecnologia, a partir de plataformas digitais, denominado aos professores de teletrabalho, estabeleceu um novo conceito de aprendizado, baseado em atividades remotas para alunos da educação infantil ao 9º ano do ensino fundamental, matriculados nas 22 Escolas Municipais de Educação Básica (Emebs). O objetivo é que a educação, em tempos de distanciamento, continue chegando aos alunos, mantendo vínculo com os professores.

Parte das ações se baseiam na elaboração de um plano de estudo por parte dos professores, organizado semanalmente, e com planejamento voltado para as respectivas turmas e disciplinas. Os alunos têm acesso às atividades através de ferramentas selecionadas pelas próprias unidades escolares, como blogs, WhatsApp, vídeos, classroom, Facebook, e-mail ou até mesmo lições impressas.

O acompanhamento de acesso às atividades remotas e orientação as famílias, destacando a importância de hábitos de estudo dos alunos, é constante por parte de equipes gestoras e da própria secretaria municipal, buscando atingir todos os alunos para que ninguém fique para trás. Até o momento, muitas salas já atingiram os 100% de acesso, mas a busca continua nas 22 escolas municipais, seja de forma remota ou via distribuição presencial.

 

 

Distribuição

Para facilitar a rotina e chegar até os alunos que encontram dificuldades no acesso às plataformas digitais, algumas unidades oferecem a distribuição das tarefas na escola, com dias e horários pré-determinados. A distribuição é realizada no início da semana, a fim de oferecer um prazo adequado para a realização e devolutiva das lições.

Como diferencial, um calendário montado pelo setor de transporte da própria secretaria, com escala de motoristas, faz com que as tarefas cheguem aos alunos da zona rural do município. Para se ter uma ideia da importância e volume do trabalho, são percorridos, em média, cerca 450 quilômetros de estrada por semana, tudo para que a tarefa esteja na mão de cada pai e estudante.

Moradora do sítio Vale do Luar, no Horto do Vergel, Viviane Isidoro Batista teve que se adaptar a nova rotina de estudo dos filhos, entre eles, Alifer Batista José, estudante do 1º ano da Emeb Geraldo Alves Pinheiro, zona Leste da cidade. A entrega da tarefa em sua residência permitiu que o filho realize a lição.

“Para mim está sendo muito bom, porque a gente não tem transporte, e para buscar o material na escola é complicado, além da dificuldade para ter a internet. Notamos algumas dificuldades nas tarefas, preciso pegar um pouco mais no pé dele (risos), é um processo novo para ele e para nós, mas está sendo muito positivo”, ressaltou.

 

O papel da família se torna vital neste processo, já que a interação encontrada pelo aluno na escola, em meio ao distanciamento escolar, acontece em casa, com a família.

 

Entrega e devolução

As atividades são entregues e recolhidas para correção, análise e planejamento do professor. Após concluído, o responsável ou pai do aluno pode se dirigir até a escola, entregar a lição, e ter acesso à próxima tarefa. Se preferir, o estudante pode acessar e devolver a atividade diretamente para a professora, seja através de aplicativos de conversa, blogs, redes sociais ou até fotos.

A intenção é que a criança não perca o vínculo com a escola e mantenha o hábito de estudo, além de ler, escrever, pensar, descobrir, calcular e se movimentar.

 

Equipes gestoras e professores

Reuniões semanais entre a Secretaria de Educação e os gestores das unidades escolares acontecem com o objetivo de informar, orientar e discutir maneiras de atingir todos os alunos que fizeram parte de cada etapa de estruturação do plano de ação.

No atual contexto, as ferramentas disponíveis e a instrumentalização das equipes nas escolas, contando com a ajuda dos professores de informática das unidades, têm sido imprescindíveis.

 

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