Polícia Ambiental encontra mineradora ilegal e embarga área em Jaguariúna
Na manhã desta terça-feira, 22, a Polícia Militar Ambiental flagrou uma mineradora ilegal localizada em Jaguariúna. De acordo com a corporação, a área afetada pelas atividades de extração de minérios é particular, com um total de 26 mil m², e foi embargada. Há dois tanques, um com 7 mil m² e outro de 5 mil m².
Inicialmente a Polícia Ambiental informou que duas das pessoas tinham sido presas, mas elas foram ouvidas e citadas no relatório enviado à Polícia Federal, conforme conclusão do flagrante.
A propriedade foi encontrada após a Polícia receber denúncias anônimas de moradores do entorno, que passaram a relatar falta de água nos poços artesianos da região – o que ocorreu devido à atividade irregular de extração.
Ao chegar à mineradora, a corporação localizou quatro homens que retiravam do solo argila, areia e outros minérios. O caso foi relatado à PF e os envolvidos devem ser chamados para prestar depoimento.
As investigações apontaram que a atividade ilegal começou no início do ano, e também houve a derrubada de árvores nativas, passível de multa de R$ 300 por árvore removida. Um sobrevoo foi realizado para avaliar o valor da multa que será aplicada ao dono da propriedade.
Um representante da área particular informou que os tanques foram feitos para piscicultura, e que havia autorização para essa atividade.
“Nós temos uma autorização para fazer o lago para futura piscicultura, os dois lagos que temos aqui. […] Foi retirado o material para formar lago, agora se foi vendido, já não sei falar”, afirma o geólogo Luciano Willen.
De acordo com a investigação da Polícia Ambiental, no entanto, o documento apresentado previa que todo o material retirado da área deveria permanecer no local, mas ele não estava. E não há licença da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) para operação de mineradora, informou o tenente Matheus Zanccheta.
“Há uma discrepância entre o que ele alega e o que nós constatamos aqui. Nós apresentaremos a ocorrência à Polícia Federal, acionaremos a Cetesb e vamos multar a propriedade pelo dano à vegetação nativa”, afirma o policial.