Quais os riscos desse calorão?
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© Arquivo/Agência Brasil
O Brasil vem experimentando ondas de calor, com temperaturas muito acima da média, desde janeiro. Este cenário fez com que o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitisse um alerta vermelho para várias regiões do país.
Nesta segunda-feira (17) o Rio de Janeiro atingiu o nível 4, de uma escala que vai até 5. A marca é inédita desde a criação pelo município do Protocolo de Enfrentamento do Calor Extremo, em junho do ano passado.
Na semana passada, as temperaturas no Rio Grande do Sul chegaram próximas dos 40ºC. Na capital, Porto Alegre, o calor ultrapassou os 38ºC, com sensação térmica de até dois graus acima da temperatura real. Por motivo do calor extremo, a Justiça suspendeu as aulas em todo o estado.
Nesta semana, as áreas atingidas pela onda de calor, que vão desde São Paulo até o Piauí e o interior de Pernambuco, podem experimentar temperaturas entre 5ºC e 7ºC acima das médias previstas para o mês de fevereiro.
Diante das altas temperaturas, a conta da saúde também chega. A médica cardiologista do Hospital Sírio-Libanês, Amanda Gonzales, explica que esse calorão traz impactos para o organismo. Segundo a especialista, normalmente, o nosso corpo faz uma regulagem da temperatura, por meio do suor, mas quando a exposição ao calor é muito acima da média, podem surgir sintomas que vão desde o suor excessivo, a vermelhidão no rosto, aceleração dos batimentos cardíacos, queda da pressão, mal-estar, tontura, dor de cabeça, fadiga e até desmaios. O risco maior é para crianças e idosos. A médica explica que devemos oferecer muita água para as crianças e pessoas acima dos 60 anos. E os adultos jovens podem ter que ingerir até bebidas isotônicas, além da água, porque perdem muito líquido e sais minerais importantes quando suam muito.
Reportagem, Max Gonçalves.
Agência Voz