Retinopatia da Prematuridade pode levar à cegueira

Se não avaliado por oftalmologista ainda na UTI neonatal, perda de visão do bebê pode ser irreversível

O Dia Mundial da Prematuridade, lembrado em 17 de novembro, chama a atenção para diversos aspectos que abrangem bebês e suas famílias nessa condição e uma delas é a prevenção à Retinopatia da Prematuridade (ROP), doença que pode levar à cegueira. A perda da visão resultante da retinopatia da prematuridade afeta a qualidade de vida da criança que vai se tornar um adulto sem enxergar.

A Dra. Ana Cristina Holanda de Freitas, diretora da Holanda Oftalmologia, em Campinas-SP, salienta que a ROP é provocada pela interrupção no crescimento dos vasos sanguíneos que irrigam a retina do bebê prematuro. E quando o crescimento recomeça, ocorre de forma desorganizada. Os pequenos vasos sanguíneos podem sangrar durante um crescimento rápido desorganizado. De acordo a especialista, a ROP é uma das principais causas de cegueira evitável na infância.

De acordo com dados da organização não governamental Retina Brasil, que atua no apoio e informação às pessoas com doenças da retina e seus familiares, em torno de 50 mil crianças ao redor do mundo são cegas afetadas por esta condição.

Ana Cristina explica que a retina é a camada interna do olho que recebe luz e a transforma em mensagens visuais enviadas ao cérebro. “A maioria das ROP evoluem bem e sem causar danos à retina. Quando a doença é grave, pode fazer com que a retina se afaste ou se solte da parede do olho e possivelmente cause a perda da visão”.

Bebês que nascem com menos de 1.500 gramas ou antes das 32 semanas de gestação correm maior risco. Nestes casos, há a necessidade de realizar o exame de Mapeamento de Retina com o bebê ainda na incubadora na UTI neonatal. Este exame, conhecido popularmente como exame de fundo do olho, requer manipulação bastante delicada porque normalmente o bebê está intubado. “O bebê é frágil e esse exame não pode aguardar até que ele receba alta porque pode ser tarde demais”.

Segundo a oftalmologista, a ROP é uma condição que afeta entre 30% e 40% dos bebês nascidos com menos de 1,5 kg. “É crucial acompanhar o desenvolvimento da retina em bebês prematuros. A Dra. Ana Cristina é contratada por vários hospitais na Região Metropolitana de Campinas (RMC) para visitar UTIs neonatais e examinar recém-nascidos prematuros.

Quando o tratamento é necessário, ele é realizado com laser, sendo uma aplicação em cada olho. O procedimento visa destruir as áreas comprometidas, normalmente na periferia do campo visual, antes que o dano se estenda para o centro do olho.

A Dra. Ana Cristina destaca a importância do exame de Mapeamento de Retina em prematuros: “Sou muito realizada por fazer essa intervenção nos bebês que nascem antes do tempo. Tenho certeza de que nos 30 anos de profissão evitei a cegueira em dezenas de crianças que cresceram com oportunidade de enxergar”, contenta-se.

Sobre a Ana Cristina Lavor Holanda de Freitas:

Oftalmologista há 30 anos pela Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, com doutorado na USP de Ribeirão Preto-SP, a médica Ana Cristina Lavor Holanda de Freitas especializou-se em retina e Retinopatia da Prematuridade. Diretora e oftalmologista na Holanda Oftalmologia e oftalmologista na Maternidade de Campinas.

Sobre a Holanda Oftalmologia

A Holanda Oftalmologia oferece 650 m2 em áreas voltadas ao atendimento composto por exames, consultas, centro cirúrgico e laser. Atua em todas as especialidades de Oftalmologia, como córnea, retina, oftalmopediatria e glaucoma. A clínica disponibiliza tratamentos especializados nas doenças oftalmológicas, centro cirúrgico equipado com modernas tecnologias para o tratamento da catarata, laser, ortóptica e reabilitação em visão subnormal.

Endereço: Avenida Iguatemi, 236, Jardim Paineiras, Campinas-SP.

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