Serviços de pronto atendimento registram aumento da demanda por problemas respiratórios
O Hospital Municipal “Dr. Tabajara Ramos”, ao qual é vinculado o Pronto Socorro Municipal, registrou aumento no número de atendimentos a pacientes com problemas respiratórios em consequência da estiagem.
Em junho, foram prestados 9.810 atendimentos, contra 8.759 em maio e 8.653 em abril – aumento de 1.051 atendimentos em junho em relação a maio e de 1.157 em relação a abril.
No período, foi observado um aumento expressivo no número de pacientes com queixa de síndrome gripal, tosse seca, dificuldade para respirar, febre, coriza, dor no corpo, dor de cabeça e em articulações.
O aumento de procedimentos na atenção a esses pacientes, relacionado a medicação injetável, inalações e verificação de temperatura, atesta que a demanda cresceu ao final do primeiro semestre.
Em abril foram efetuados 6.214 procedimentos, em maio, 6.302, e em junho, 7.236, quase 1.000 a mais em relação à média dos dois meses anteriores somados.
O tratamento geralmente consiste de medicação com antitérmicos e antibióticos. Em junho foram consumidas 1.796 unidades de antibióticos, ante 1.536 em maio, um aumento de quase 20% de um mês para o outro.
O Centro de Especialidades Médicas também registrou aumento da demanda em razão da estiagem, com dois novos pacientes por dia, média de oito novos pacientes por semana, na especialidade de Pneumologia.
Na UPA (Unidade de Pronto Atendimento)/PPA (Posto de Pronto Atendimento) da Zona Norte, no Jardim Novo, o número de atendimentos a pacientes afetados por problemas respiratórios foi bastante expressivo em junho, com 11.281 procedimentos.
A tendência é que, com a ocorrência de chuva, os números referentes a julho não superem os de junho, uma vez que até o dia 25 foram contabilizados 8.234 atendimentos, com 490 nebulizações, quase 200 a menos que no mês passado.
Em época de estiagem muitos fatores contribuem para piorar os problemas respiratórios, como o tempo seco devido à baixa umidade do ar no inverno, a falta de hidratação e a alimentação inadequada, entre outros.
Por outro lado, muitas das prescrições médicas para o tratamento dos sintomas são compostas de três nebulizações, com intervalos de 20 a 30 minutos entre elas, mas há usuários que fazem somente duas e alegam que farão a última em casa, não completando o tratamento na unidade de saúde.