Macrorregião de Campinas pode ganhar novos distritos turísticos
A previsão é para o fim de junho
A Secretaria Estadual do Turismo e Viagens iniciou estudos para a criação de dois novos distritos turísticos para a macrorregião de Campinas, o do Circuito das Águas e Flores e o Bragantino.
Objetivo de criação dessas áreas especiais, seria atrair investimentos privados para o segmento turístico e a geração de empregos e renda. Com isso, fomentar ainda mais a economia da região.
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No que compete ao Distrito das águas, nove municípios estariam envolvidos, são eles: Águas de Lindoia, Amparo, Holambra, Jaguariúna, Lindoia, Monte Alegre do Sul, Pedreira, Serra Negra e Socorro.
De acordo com a secretaria, essas cidades são um dos destinos mais procurados pelos turistas no Estado de São Paulo. Segundo informações, elas chegam a receber 2,5 milhões de pessoas nas férias de julho.
Já o Distrito Turístico Bragantino terá a possibilidade de trabalhar com cinco municípios: Bragança Paulista, Joanópolis, Nazaré Paulista, Piracaia e Vargem. A deia de criação dessas áreas é uma indicação do deputado estadual Edmir Chedid (União Brasil).
Criação dos distritos é possível
A criação de distritos turísticos é algo relativamente novo, possível a partir da lei 17.474, sancionada pelo governador João Doria (PSDB) em junho passado. Dois já foram criados no Estado, o de Olímpia e o Serra Azul, que também é na macrorregião de Campinas.
O Distrito Serra Azul inclui as cidades de Itupeva, Jundiaí, Louveira e Vinhedo — que recebem 10 milhões de visitantes por ano — e engloba um complexo de parques temáticos e de centros de compras.
Para o secretário estadual de Turismo, Vinicius Lummertz, a criação dos distritos permite “definir as prioridades turísticas para a região, atraindo investimentos nacionais e estrangeiros, que vêm atrás de segurança jurídica e segurança de planejamento”.
No caso do Distrito Turístico Serra Azul, a previsão é atrair investimentos privados que somam R$ 1,8 bilhão nos próximos cinco anos, que devem gerar cerca de 7,5 mil empregos.
A expansão prevê as instalações de um clube de golfe, empreendimentos para esportes radicais e de aventura, um outlet, um autódromo, novos hotéis e ampliação de um centro hípico.
A economista Eliane Rosandiski, do Observatório da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), acrescenta que a capilaridade proporcionada pelo turismo beneficia também os pequenos negócios e microempreendedores, que vão dos restaurantes aos produtores de artesanato.
De acordo com um estudo feito por ela, a atividade turística é responsável por 5,3% dos postos de trabalho na Região Metropolitana de Campinas (RMC), empregando principalmente pessoas de 18 a 39 anos com ensino médio.
Para Eliane, a criação de distritos turísticos na macrorregião pode ajudar na recuperação dos municípios que têm a economia baseada no turismo e que foram fortemente afetados pela pandemia da covid-19.
“Esse movimento pode gerar o desenvolvimento local”, afirma. Além disso, “a união dos municípios resulta em maior força política para conseguir recursos públicos para a infraestrutura, como sinalização”, completa a economista.
“Nosso grande desafio é fazer com que os turistas que frequentam o complexo turístico, que hoje são mais de 10 milhões por ano, fiquem nos nossos atrativos itupevenses. Hoje, também temos um grande número de pessoas que se hospedam no município a trabalho e depois retornam com a família”, diz a secretaria de Agricultura e Cultura de Itupeva, Valdirene Pavan.
Ainda de acordo com os idealizadores do estudo, a perspectiva é que, até o final de junho, a macrorregião de Campinas possa ser contemplada com esses dois pontos turísticos.