Saúde confirma mais duas mortes por febre maculosa na cidade

Crédito Foto: Fernanda Sunega/Arquivo PMC

Apenas neste ano já foram realizados cerca de 100 atividades de prevenção à doença

A Secretaria Municipal de Saúde confirmou mais duas mortes por febre maculosa em Campinas. Um terceiro caso, que evoluiu para a cura, foi registrado também. Com isso, a cidade passa a ter sete casos confirmados neste ano, com cinco mortes.

A primeira vítima é uma mulher de 49 anos, que evoluiu para cura. O provável local de infecção fica em outro município. Teve os primeiros sintomas em 31 de maio.

A segunda é um homem de 46 anos, que morreu em 9 de julho. O provável local de infecção está em investigação. Os primeiros sintomas apareceram no último dia 5 de julho.

A última vítima é um homem de 18 anos, que morreu em 28 de julho. O local provável de infecção é a Fazenda do Exército – 28º Batalhão de Infantaria Mecanizada (BIMec). Os sintomas começaram em 23 de julho.

No ano passado, a cidade confirmou 11 casos. Destes, sete pessoas morreram.

Ações

A Secretaria Municipal de Saúde de Campinas realiza constantes atividades de prevenção contra a febre maculosa, como palestras, ações casa a casa, pesquisas acarológicas, visitas domiciliares a casos suspeitos, vistorias em locais prováveis de infecção, capacitações a profissionais de saúde, intensificação da comunicação de risco, medidas de educação em saúde à comunidade e produção de vídeos educativos para as redes sociais.

Apenas neste ano, já foram realizadas cerca de 100 atividades do gênero, sendo que parte delas foi voltada ao Exército.

A Prefeitura de Campinas também adotou novas medidas de combate à doença. Uma delas foi a mudança do nome do Comitê de Enfrentamento das Arboviroses para Comitê de Prevenção e Controle das Arboviroses e Zoonoses. A medida é importante porque traz a febre maculosa como discussão para dentro do comitê intersetorial que reúne secretarias municipais e autarquias que tomam decisões oportunamente.

Outra providência foi a sanção da lei 16.418, que obriga os estabelecimentos, produtores, promotores e organizadores de eventos realizados em locais sujeitos à presença do carrapato-estrela a informar sobre o risco de febre maculosa. Para atender à lei, foi realizada uma capacitação para orientar e esclarecer dúvidas destes profissionais

Além disso, a Prefeitura reforçou todas as ações de comunicação, informação e mobilização contra a febre maculosa nos parques públicos com aumento de placas e distribuição de cartazes para farmácias e centros de saúde nas imediações de áreas consideradas de risco.

Cuidados

A febre maculosa é uma infecção grave, transmitida pelo carrapato estrela infectado pela bactéria que causa a doença.

Caso a pessoa passe por áreas de vegetação, mato ou pastos, especialmente próximas de cursos hídricos, onde há presença de cavalos e capivaras, deve ficar atenta, por cerca de 15 dias, aos sintomas da doença (febre, dor de cabeça, dor intensa no corpo, mal-estar generalizado, náuseas, vômitos e, em alguns casos, manchas vermelhas pelo corpo).

Ao apresentar um destes sinais, a pessoa deve procurar imediatamente o serviço de saúde e informar que teve contato com o carrapato e/ou esteve com locais de risco, pois os sintomas podem ser confundidos com com outras doenças febris agudas, como covid-19 e dengue.

Não existe vacina contra a doença e não é possível eliminar totalmente o carrapato das áreas de vegetação. A febre maculosa tem cura, mas o tratamento precisa ser iniciado precocemente com antibióticos apropriados.