Manejo correto de marrãs é essencial para uma boa produtividade do sistema

O manejo das matrizes é um dos pilares para a suinocultura de sucesso.

Investir em estratégias reprodutivas adequadas é essencial para
garantir a produção de leitões saudáveis. “As marrãs têm alto
custo agregado tanto na aquisição quanto na ração consumida,
vacinas, demais medicamentos, instalações e mão de obra. Por isso,
vários pontos precisam ser levados em consideração, não só para a
manutenção adequada dessas fêmeas no plantel, mas também para
garantir a multiplicação dos animais de forma qualitativa”, afirma o
médico-veterinário da Auster Nutrição Animal, Cristiano Guilherme
Carneiro.

É crucial adequar o manejo à indução do cio e registrar o dia de
entrada para controlar os dados. “Isso facilita o monitoramento das
atividades de cada marrã, com dados sobre data e peso de chegada, datas
dos cios e uso de medicações e vacinas de acordo com a necessidade de
cada sistema de produção”, afirma. De um modo geral, já no
alojamento, o interessante é trabalharmos com tamanho de grupos de
aproximadamente 10 a 15 fêmeas e o espaço de baia deve ter ao menos
dois metros quadrados livres para cada fêmea. Assim, evitam-se brigas
entre os animais e facilita-se o manejo diário. As baias devem ter
comedouros e bebedouros em quantidade adequada. “É preciso evitar baias
superlotadas, pois atrapalham o desenvolvimento das fêmeas, seja por
conta da competição pelo alimento, menor espaço físico disponível
para movimentação ou mesmo piora da condição de limpeza dos pisos”,
explica Cristiano Carneiro.

Ainda, a atenção em relação a saúde da fêmea bem como do aparelho
locomotor neste período de desenvolvimento, serão necessários para
manutenção de uma boa longevidade no plantel.”Os cuidados com a fêmea
e a disponibilidade de instalação e ambiente adequados, são
necessáriospara favorecer um bom desenvolvimento da musculatura,
crescimento adequado e promoção da saúde da fêmea e do aparelho
locomotor, aumentando a longevidade da matriz no sistema produtivo”,
detalha o médico-veterinário.

Cristiano Carneiro ressalta que, no caso das marrãs, é necessário
atentar-se também ao peso e à idade da primeira cobertura.”Esse
processo é fundamental para atender à taxa de retenção de, no
mínimo, 75%. O ideal é trabalhar de acordo com o recomendado pela
genética utilizada. Assim, evitam-se problemas posteriores, como maior
dificuldade no parto e síndrome do segundo parto, menor produtividade e
baixa retenção de fêmeas no plantel”.

A oferta de uma nutrição balanceada e de qualidade para essa categoria
animal também garante maior índice de rentabilidade do plantel. “O
objetivo final de toda a preparação das marrãs é a produção de
animais bem formados. Elas devem ser capazes de produzir leitegadas
numerosas durante um longo período de tempo, expressando o máximo
potencial genético em termos de características benéficas para a
produção, como longevidade, prolificidade, habilidade materna e grande
número de leitões desmamados”, conclui o médico veterinário da
Auster.