É NECESSÁRIO SALVAR A MEMÓRIA ARQUITETÔNICA DO JAGUARY

Coube ao momento presente esta conscientização. Jaguariúna cresceu em tamanho e mentalidade. E nesta evolução adquiriu um grau de conscientização que não admite mais qualquer omissão. Os munícipes deste parque industrial tomaram ciência de sua história, outrora Vila pequenina com vocação agrária. Imersos neste objetivo urgente de resgatar a memória, salvar a História, de zelar pela identidade de um povo e de uma cidade, o Conselho do Patrimônio Histórico alimentado pelo interesse coletivo de seus cidadãos revigora sua marcha, salvando sua paisagem cultural.

Jaguariúna alegrou-se com o Restauro da – 1ª – Sede da Santa Úrsula (+-1830), 2ª- da Pousada Vila Bueno (1894), 3ª- do Casarão Imperial do Berlim (1894), 4ª- do Sobrado da Família Poltronieri (1896) que abriga neste 2024 o Poupatempo. 5ª- da Casa Syria de Gabriel Sayad (Sobrado diante do Poupatempo na esquina da Cel. A. Bueno com Alfredo Engler), 6ª-Casarão de D. Tereza Machado de Almeida (diante da Padaria Gottardo na Alfredo Engler. 7ª- do Casarão da Família Chiavegato (anexo ao casarão anterior, Alfredo Engler). 8ª- do Sobrado do Tabelião Alonso J. Almeida de 1937, na Alfredo Engler diante da Pousada Vila Bueno.9ª- do Casarão da Família Chiorato de 1934, diante da Pousada Vila Bueno),10ª- do Chalé Romântico da Cândido Bueno, restaurado em 1932- Dr. Deodoro Reis,Prof. Oscar de Almeida, de Eni e Fernanda Poltronieri Santos,
11ª da Estação Ferroviária da Mogiana de Jaguariúna (1945- Centro Cultural), 12ª- – Estação Ferroviária de Guedes (1945-novo Centro Cultural). 13ª- do Casarão e Comércio do libanês Pedro Salomão Hossri de 1919 esquina da Cândido Bueno com José Alves Guedes.14ª- do casarão de Narciso Poltroniéri, a 50 m. abaixo do Poupatempo, na última quadra central da Rua Cel. Amâncio Bueno. Assim casarões e sobrados que se caracterizaram por apresentar singular arquitetura do Distrito de Paz de Jaguary estão sendo preservados. Há muitos imóveis que necessitam de restauro, buscando a sua arquitetura original no Centro Histórico! Muitos encontram-se mutilados por infelizes reformas, não pensadas, nem planejadas. Transformaram obras artísticas em imóveis disformes. Isto ocorreu, porque se fizeram trocas de janelas e portas com precioso estilo por outras modernas, menores, mais práticas e baratas. Por isso destruíram o estilo das fachadas.

Assim procederam em muitos imóveis tornando-os sem forma, sem estilo e feios. Deste modo foi brotando uma nova conscientização, pois a comunidade fora ferida pela impiedosa transformação e demolição de importantes patrimônios constitutivos de nossa paisagem cultural. Agora o projeto de restauração e de revitalização do Centro Histórico se fortalece, pois além de representar a evolução desse povo, ele traz consigo vantagens para o Turismo e para a Economia. Há uma nova conscientização da necessidade de salvar o passado para servir o presente e o futuro. Os povos crescem quando analisam e assimilam a experiência das gerações anteriores. Hoje, os imóveis das famílias pioneiras do século XIX e até dos meados do século XX têm recebido o zelo de seus proprietários. Recebem adequações internas possíveis, adaptando-se às necessidades do mercado atual. Neste maio 2024 iniciou-se o muito importante Restauro da Matriz Centenária, marco de fundação de Jaguariúna. Edificada no estilo gótico e do barroco alemão. Preside o processo o Prof. Dr. Marcos Tognon da UNICAMP com sua equipe.

Esta realização vem sendo estudada desde 2017 por várias instituições: Igreja, Conselho do Patrimônio Histórico, AEAAJ, Poderes Públicos. Grande empreitada que exige a colaboração em dinheiro e trabalho das empresas, do comércio, da união das Famílias, das pessoas. Para tanto há conta bancária exclusiva no Banco do Brasil. Agência 2.200-4. ContaNº11.739-0. PIX; restauromarcozer@hotmail.com. Precisa-se de divulgação máxima do projeto. Precisa-se de voluntários. Campanhas e eventos beneficentes. Depósitos bancários. Esmolas no cofre do Padre Gomes exposto na Matriz Nova. Só assim para salvar esta imprescindível memória arquitetônica do velho Jaguary.

Tomaz de Aquino Pires.