Bares e restaurantes registram alta nas vendas em agosto, aponta Índice Abrasel-Stone

Setor se recupera após dois meses de queda e mostra otimismo para o último trimestre

Campinas, 24 de setembro de 2024 – O Índice Abrasel-Stone, que monitora o volume de vendas no setor de bares e restaurantes, registrou um crescimento de 4% em agosto, revertendo dois meses seguidos de queda. O resultado marca uma projeção positiva para o setor, que apresentou uma melhora em 22 dos 24 estados analisados.

Em comparação com o mesmo período do ano anterior, o índice também apresentou um aumento de 2%. Entre julho e agosto deste ano, os estados de Rio de Janeiro (6,5%), Rio Grande do Sul (5,7%), Alagoas e Tocantins (4,9%) e Santa Catarina (4,7%) foram os que mais se destacaram no crescimento. No entanto, o Maranhão e o Rio Grande do Norte seguiram na contramão, registrando uma retração de 0,6% cada.

Para Paulo Solmucci, presidente-executivo da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), o aumento do volume de vendas em agosto reforça o otimismo dos empreendedores para o fim de ano. A expectativa é compartilhada pelo presidente d Abrasel Campinas, André Mandetta.

“Nos próximos meses, a expectativa é de que os estabelecimentos registrem um crescimento na demanda, impulsionado principalmente por fatores como a alta na temperatura, o pagamento do 13º salário e as festas e confraternizações de fim de ano”, destaca.

Uma pesquisa da Abrasel, realizada em julho deste ano, mostrou que 29% dos empresários planejam contratar novos funcionários com base no aumento de demanda previsto para os próximos meses. Entre as funções mais buscadas estão auxiliares de cozinha (68%), atendentes(51%) e garçons (51%).

Para Matheus Calvelli, pesquisador e cientista de dados da Stone, responsável pelo levantamento, o movimento é um reflexo da melhora da renda disponível das famílias.

“Com a massa salarial brasileira crescendo, acompanhada de níveis historicamente baixos de taxa de desemprego, a população vem conseguindo pagar suas dívidas, reduzindo seu comprometimento de renda. Com isso, há mais espaço para o consumo discricionário, o que é favorável para o setor de bares e restaurantes”.