‌ Estudantes de Fatec propõem solução para reaproveitar embalagens plásticas


Foto: Divulgação-Vagner Carvalho, Barbara Regina Lopes Costa, Camila Morais Ferreira e Lucas Alves Fernandes da Silva

Projeto que prevê instalação de máquinas para venda de produtos
de limpeza abastecidos em garrafas reutilizáveis é um dos 20 selecionados para Acelera Inova CPS

Incomodados com a degradação causada pelo descarte inadequado de garrafas PET no meio ambiente, três estudantes da Faculdade de Tecnologia do Estado (Fatec) Indaiatuba criaram uma proposta para reaproveitamento de embalagens de materiais de limpeza. O Ecorreffill WLC prevê a instalação de máquinas de autoatendimento em lojas e supermercados para venda de produtos como detergente, desinfetante e amaciante abastecidos em garrafas reutilizáveis.

A iniciativa dos alunos Camila Morais Ferreira, Lucas Alves Fernandes da Silva e Vagner da Silva de Carvalho está entre os 20 melhores projetos de empreendedorismo classificados para o Acelera Inova CPS, programa intensivo de aceleração da Assessoria de Inovação do Centro Paula Souza (CPS). No primeiro semestre de 2025, os jovens receberão mentorias voltadas à captação de recursos financeiros. Trata-se da última etapa da Trilha de Empreendedorismo e Inovação do CPS, que também conta com a Escola de Inovadores e a Vitrine Inova CPS, onde os participantes têm a oportunidade de desenvolver e validar seus modelos de negócios junto a possíveis clientes e investidores.

“A participação na trilha da Inova CPS nos permitiu expandir horizontes e adquirir conhecimento para transformar uma ideia em uma proposta de negócio concreta e com condições de se tornar um novo produto no mercado”, afirma Camila.

Mudança de cultura

A ideia surgiu durante uma aula do curso superior de tecnologia em Gestão Empresarial. Os jovens foram desafiados pela professora Barbara Regina Lopes Costa a apresentar uma sugestão de startup. Moradora de Salto, uma das cidades cortadas pelo Rio Tietê, Camila conta que a poluição por garrafas plásticas no rio tornou-se um grande desafio para os moradores locais que sofrem com enchentes constantes.

“Em época de cheia, o acúmulo de plástico é enorme. Por isso pensamos em uma maneira de contribuir para reverter esse quadro”, conta a estudante. “Se hoje em dia os recursos tecnológicos avançam rapidamente e trazem grandes conquistas para a população, por que ainda vivemos em um mundo arcaico em relação aos altos índices de poluição?”, questiona.

A partir daí os jovens mobilizaram-se para converter a tecnologia em um empreendimento de impacto ambiental. “É um projeto com um diferencial inovador que pode representar uma mudança de cultura definitiva na sociedade”, destaca a professora Barbara.