Agência das Bacias PCJ lança seu primeiro Relatório Institucional
Documento segue as diretrizes da metodologia Global Reporting Initiative (GRI); esta é a primeira agência de águas do mundo a produzir um relatório desse tipo
O Relatório Institucional da Agência das Bacias PCJ 2018 está sendo lançado pela entidade neste mês de fevereiro, no ano em que a Agência irá completar 10 anos de existência. Trata-se da primeira agência de águas do mundo a produzir um relatório desse tipo, seguindo as diretrizes da GRI Standards – da organização multistakeholder Global Reporting Initiative -, metodologia mais utilizada por organizações de diversos setores, em todo o mundo, para relatórios de sustentabilidade.
As empresas que adotam este modelo GRI relatam os seus impactos positivos e/ou negativos sobre o meio ambiente, sociedade e economia além dos compromissos assumidos para melhorar a sua atuação. O relatório de sustentabilidade – no caso da Agência das Bacias PCJ, como se trata de uma primeira experiência, optou-se por nominar “Relatório Institucional”- é uma ferramenta que as empresas usam para desenvolver uma estratégia de gestão voltada para os indicadores socioambientais e econômicos. O relato dos indicadores auxilia as organizações a estabelecer metas, aferir seu desempenho e gerir mudanças visando tornar suas operações, atividades e gestão mais sustentáveis.
O documento reúne informações sobre a Agência das Bacias PCJ tendo como base o ano de 2018 e, eventualmente, apresenta dados históricos. A partir da publicação deste Relatório, o ciclo de relato da Agência das Bacias PCJ deve ser anual. A primeira edição foi produzida com o apoio da BH Press Comunicação, empresa vencedora da licitação, com projeto gráfico e diagramação da Shout Publicidade.
“Além de apresentar o papel da Agência das Bacias PCJ na sociedade, o Relatório inaugura uma nova fase da instituição que, em 2019, completa 10 anos. Por meio dele, compartilhamos nossos resultados, desafios e a forma como gerenciamos os temas considerados prioritários nas esferas ambiental, social e econômica em 2018”, explicou o presidente da Agência, Sergio Razera.
Para apresentar de forma objetiva as questões mais importantes para a Agência das Bacias PCJ e seus públicos de relacionamento, foi aplicado o princípio de materialidade da GRI, que buscou definir os temas mais relevantes para direcionar a gestão e a comunicação da instituição, considerando o contexto e os impactos de cada tema.
O processo de definição da materialidade seguiu três passos. O primeiro foi o da identificação, no qual foram analisadas fontes secundárias (documentos internos, diretrizes estratégicas, estudos, outros relatórios publicados, avaliações setoriais, entre outras) e entrevistas com os diretores da Agência das Bacias PCJ para levantamento da lista de temas considerados mais relevantes para a instituição.
O segundo passo foi a priorização dos temas mapeados pela Comissão de Acompanhamento do Relatório Institucional, a partir da análise de cada tema e seus impactos. O terceiro e último passo foi a validação, que consistiu na aprovação da lista de temas materiais pela Comissão de Acompanhamento do Relatório Institucional e Diretoria da Agência das Bacias PCJ.
Esse processo resultou em 12 temas materiais, que são tratados por capítulos no Relatório Institucional: Desempenho econômico; Impactos econômicos indiretos; Práticas de compras; Anticorrupção; Materiais; Água; Biodiversidade; Efluentes e resíduos; Emprego; Treinamento e educação; Comunidades locais e Políticas públicas.
O documento também traz um capítulo inicial com um “resumo” sobre a Agência das Bacias PCJ, trazendo itens como “Quem somos”; “Território de atuação”; “Principais atribuições de cada setor”; “Missões das áreas”; “Organograma”, entre outros.
Em sua mensagem no Relatório Institucional, Sergio Razera destacou que em 2018 e nos próximos anos, quatro grandes prioridades norteiam a estratégia e as ações da Agência das Bacias PCJ: saneamento, monitoramento hidrológico, proteção dos mananciais e combate ao desperdício de água. “Acreditamos que a metodologia GRI, com a proposta de indicadores e métricas, já representa um grande passo no aprimoramento da nossa gestão. E este relatório, fundamentado nas diretrizes da GRI Standards, contribui, definitivamente, para que a sociedade conheça ainda mais nossa atuação transparente e nosso esforço como ator comprometido com o território e com as questões essenciais. Especialmente quando trabalhamos com um recurso tão precioso para a vida, como a água”, concluiu.
ACESSO AO PDF – O Relatório Institucional 2018 da Agência das Bacias PCJ está disponível no formato em PDF em nosso site no link: http://www.agencia.baciaspcj.org.br/docs/relatorios/relat-inst-agencia-2018.pdf
GRI Standards
A Global Reporting Initiative (GRI) é uma Organização Não Governamental (ONG) internacional independente, que tem como principal escopo um processo multistakeholder (que reúne diferentes partes interessadas) para dar orientação às organizações sobre gestão e relato de práticas sustentáveis. Os indicadores de sustentabilidade GRI são orientados por diretrizes e estruturados em normas econômicas, ambientais e sociais, denominadas GRI Standards. O objetivo da aplicação destas normas é padronizar o relato de práticas financeiras e não financeiras, sendo possível mensurar o desempenho sustentável de empresas, entidades e empreendimentos em todas as dimensões.
Sobre a Agência das Bacias PCJ
A Fundação Agência das Bacias PCJ completa 10 anos em novembro deste ano de 2019. É uma entidade criada pelos Comitês PCJ para prestar apoio ao seu funcionamento e atuar como sua secretaria executiva, além de executora das ações do Plano de Bacias. É também responsável pelo gerenciamento dos recursos financeiros oriundos da cobrança pelo uso da água.
A Agência das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí faz a gestão dos recursos hídricos nas Bacias PCJ e é responsável pelo gerenciamento financeiro tanto dos recursos arrecadados com a cobrança pelo uso da água nos rios de domínio da União como dos recursos arrecadados nos rios de domínio do estado de São Paulo.
Como ‘braço executivo’ dos Comitês PCJ, todas as demais ações da Agência das Bacias PCJ na área de comunicação, sistema de informações, projetos, gestão, ambiental, elaboração e implementação do Plano de Bacias, entre outras, também são deliberadas pelo ‘Parlamento das Águas’. No total, são 76 municípios nas Bacias PCJ, que abrangem um território de 15.303 km2, com mais de 5,7 milhões de habitantes e demandas de água para diversos usos.
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Matéria: ASCOM