BBB: a guerra de ADMs e o sucesso nas redes sociais

Segue sugestão de artigo com autoria de Carolina Fernandes, CEO da Cubo
Comunicação. O texto tem aborda o aumento de 165% no número de
seguidores das participantes finalistas, as estratégias utilizadas nas
redes sociais ao longo do programa e, claro, a verdadeira guerra criada
pelos ADMs.

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BBB: a guerra de ADMs e o sucesso nas redes sociais

_*Por Carolina Fernandes, CEO da Cubo Comunicação_

O BBB 23 acabou! E, além da vitória da sister Amanda Meirelles, que
embolsou o prêmio de R$2,88 milhões, a exposição no reality show
trouxe outros números que podem fazer a diferença para o futuro
financeiro e dos negócios para as participantes finalistas.

A começar pela quantidade de seguidores, as finalistas têm bons
motivos para comemorar. Elas saem fortalecidas da casa, pois
considerando a soma atual (contando somente as três últimas sisters a
deixarem a casa), há um aumento percentual de 165,7% de seguidores no
Instagram – de 3,5 milhões, elas saltaram para 9,3 milhões, ou seja,
são 5,8 milhões de _followers_ novos.

Individualmente, as três sisters também somam crescimento relevante.
Bruna Griphao, a terceira colocada, antes tinha a marca de 2,7 milhões,
agora são 4,7 milhões de _followers_. Já a segunda colocada, Aline
Wirley, foi de 853 mil a 2,1 milhões. Por fim, a grande campeã Amanda
Meirelles, além do prêmio, também celebra o sucesso no Instagram: de
13 mil a 2,5 milhões de novas pessoas interessadas em saber o que a
celebridade do momento posta em seu perfil.

Por trás deste sucesso nas redes sociais estão os administradores de
perfis. São eles que fazem as interações com seguidores, protagonizam
suas guerras particulares com perfis de participantes concorrentes, usam
e abusam da criatividade para cativar e engajar o público com novas
publicações e, de quebra, gerenciam uma infinidade de crises – não
somente no Instagram, mas também em outras redes como Tik Tok e
Twitter, tendo o monitoramento como fator essencial.

A guerra de ADMs

Durante o programa, diversos desentendimentos entre participantes
repercutiram aqui fora. Um dos casos mais destacados nesta edição
ocorreu na “treta” entre Tina e Gustavo, motivado pela indicação do
brother, Líder daquela semana, que escolheu a sister para o Paredão.
Ao longo do intervalo, Gustavo perguntou como a modelo se sentia,
acenando para dar a mão a ela, que recusou o afago e foi prontamente
chamada de ignorante por ele.

A faísca foi suficiente para se transformar em uma guerra entre os
administradores das páginas dos participantes nas redes sociais. A
equipe de Tina compartilhou um comentário no Twitter que deu a entender
que, apesar de Gustavo ser o Líder, a decisão partiu de Key Alves. Já
o perfil do brother retrucou a provocação dizendo que o participante
tinha sua indicação antes mesmo de vencer a prova de liderança. Por
fim, os administradores do perfil de Key se manifestaram no post,
dizendo que Paula seria sua indicada.

Percebe quanta interação aqui do lado de fora, por conta de
discussões rápidas ocorridas no confinamento? A agilidade dos ADMs nos
perfis é fundamental para a imagem dos participantes. Sendo leve ou
grave, as crises ocorridas no reality show podem gerar cancelamentos de
contratos, eventos e ações de marcas, além de desinteresse e falta de
identificação do público com o participante.

Audiência e a importância dos ADMs

Segundo dados da Kantar IBOPE para a Grande São Paulo, a final do
programa teve média de 19,4 pontos (equivalente a pouco mais de 4
milhões de telespectadores), antes da final a média ao longo desta
edição foi de 18,9 pontos. Ou seja, a vitrine que o reality show
oferece às marcas é imensa, consequentemente, o desempenho dos
participantes é monitorado para que essas marcas optem pelo perfil mais
adequado para divulgar seus produtos e influenciar o público.

Sendo assim, fica mais evidente que o papel desempenhado pelos
administradores é fundamental para a imagem dos participantes. Ao longo
do reality, é necessário ter alguém nos bastidores para fomentar o
engajamento nas redes sociais com constância de publicações, cativar
um público fiel capaz de colocar concorrentes como favoritos a ganhar o
prêmio final, traçar estratégias que tragam dinâmicas diferentes de
apoio aos seus participantes, entre outras ações.

O ideal é ter não somente uma pessoa, mas, sim, uma equipe mediando
conversas no âmbito digital e com monitoramento em tempo real, que
serve como apoio de avaliações de desempenho. Além disso, é preciso
estar muito bem assessorado, desenvolver planejamento e estratégia
antecipados ao confinamento com vídeos, fotos, fazendo brincadeiras com
o que ocorre lá dentro como ser líder, ser anjo, ser o monstro, de
forma que essas ações se conectem com o que acontece lá dentro, mesmo
o participante não sabendo o que está rolando aqui fora.

Tudo isso da forma mais humanizada possível, pois o público quer se
sentir próximo aos seus participantes favoritos. Com tantas edições
já realizadas, é evidente que sisters e brothers entrem no BBB
acreditando ter a fórmula para vencer o reality show, porém, cada vez
mais o sucesso dessas pessoas estão não só no que eles fazem lá
dentro, mas também nas mãos dos ADMs de perfis.

Carolina Fernandes é CEO da Cubo Comunicação, palestrante, mentora do
curso Marketing para Empreendedores e especialista em Marketing &
Comunicação com mais de 20 anos de atuação.