Bê a Bá dos leilões: Conheça os termos que envolvem o mercado 

Os leilões de bens móveis oferecem oportunidades de bons negócios. Apesar disso, os eventos são vistos com desconfiança por algumas pessoas. Especialista esclarece dúvidas e orienta sobre como arrematar com segurança    

A relação dos brasileiros com o mercado de leilões é curiosa. Ao mesmo tempo em que procuram saber mais sobre as opções de pagamentos, ficam desconfiados porque não têm um conhecimento prévio sobre o funcionamento da arrematação dos bens móveis ou como participar do leilão. Segundo levantamento realizado pelo portal SBT News, com casas de leilões ao redor do país, o número de imóveis que foram a leilão entre janeiro e abril deste ano cresceu 32% em relação ao mesmo período de 2019.

Seja pelo proveito particular ou para investimento, o fato é que esse tipo de negócio chama a atenção e apresenta bons negócios. Nos leilões podem ser disponibilizados diversos itens, como por exemplo, casas, apartamentos, galpões, ex-agências, carros, obras de arte, materiais industriais, entre outros. A pandemia não atrapalhou significativamente o mercado, já que, mesmo antes, os leilões já eram realizados de forma remota.   

“As novas tecnologias impactando no mercado imobiliário, trouxeram praticidade no processo do cadastramento, habilitação,  lance e arrematação dos lances sem precisar sair de casa” comenta Fernando Cerello, leiloeiro oficial da Mega Leilões. 

Segundo Cerello, existem dois tipos de leilões no país, são os judiciais (determinados pelo juiz) e extrajudiciais (de bens de instituições bancárias).

“Nos leilões judiciais, o parcelamento é feito mediante a uma proposta que será validada pelas partes e pelo juiz. O comprador dará 25% de entrada no valor do imóvel e o restante poderá ser parcelado em até 30 vezes. Já os leilões extrajudiciais, terão opção de parcelamento ou financiamento em até 420 meses dependendo da instituição financeira”, explica o leiloeiro. 

Aproveitando o momento e pensando em orientar novos compradores, Fernando Cerello, leiloeiro oficial da empresa, listou alguns termos específicos para quem pretende compreender o processo de compra de bens. São eles: 

Edital: É a cartilha do leilão, possui as regras do jogo. É importante ler atentamente as informações que constam no documento. Caso tenha dúvidas, procure o leiloeiro responsável. 

Lote do leilão:  Composto por diversos bens ou apenas um só. Podem ser avaliados em veículos, máquinas industriais ou imóveis. Atente-se, leia as descrições do lote para saber o que você quer arrematar. 

Lance: É o famoso “quem dá mais”

Praça ou leilão: É a fase do leilão. Geralmente, a primeira praça é o valor da avaliação dos bens. A segunda praça, pode chegar a até 50% de desconto, dependendo das condições do leilão. Nele, encontra-se o bom negócio. 

Habilitação: Além de cadastrar no site da leiloeira, você deve habilitar e especificar no leilão que pretende participar. Analise atentamente as condições e a forma de pagamento para que tenha um acordo para participar do leilão.

Arrematação: É a parte final do leilão. A formalização do lance vencedor. 

Como arrematar imóvel em leilões online com segurança

O leilão pode trazer grandes oportunidades para comprar imóveis e bens de diversos tipos com preços mais acessíveis. De acordo com o leiloeiro, Fernando Cerello, é preciso ter cuidados necessários para arrematar o imóvel com segurança, já que estamos mirados com os golpes falsos de leilões por meio de sites fake, com identificação, imagens parecidas com os verdadeiros e preços inferiores. 

“É indispensável consultar redes sociais ou ligar para a central de atendimento das leiloeiras para esclarecer dúvidas. Assim como em sites de compras online, a plataforma de leilão deve ser transparente e confiável. Também vale dar uma olhada nos portais de reclamação de consumidores, onde você pode encontrar registros de queixas contra sites desconhecidos”, finaliza o leiloeiro da Mega Leilões. 

 

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