Brasil está entre os países que mais desperdiçam comida no mundo
Empresa surge como alternativa para combater o desperdício
Todos os anos, cerca de 14% dos alimentos produzidos são mundialmente perdidos entre a colheita e o momento em que chegam às lojas. Além disso, outros 17% são desperdiçados por varejistas e consumidores, seja no processo de armazenamento, transformação ou consumo do alimento. Ou seja, pouco mais de 30% de toda a produção mundial é perdida a cada ano entre os períodos de pós-colheita e venda no varejo. É o que revela a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).
O Brasil registra um dos maiores índices de desperdício de alimentos em todo o mundo. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), o país ocupa a 10ª posição no ranking dos que mais desperdiçam comida. Todo ano, cada brasileiro desperdiça, em média, 60 quilos de alimentos ainda em boas condições para consumo.
O estudo “O Alimento que Jogamos Fora”, realizado pela empresa de pesquisa digital MindMiners, em parceria com a Nestlé, com base em dados colhidos na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), aponta que o desperdício se concentra 50% no manuseio e transporte, 30% nas centrais de abastecimento, 10% no campo e outros 10% no varejo e residências.
Segundo Saulo Marti, Chief Marketing Officer da foodtech Diferente e especialista em varejo alimentar, as foodtechs vêm apresentando um alto impacto para a sociedade e todo o trabalho desenvolvido pela companhia é feito com base em ofertar um consumo de orgânicos de forma mais consciente e vantajosa para os clientes. “As empresas de tecnologia focadas no setor de alimentos estão buscando revolucionar o mercado. Conosco isso não é diferente. O nosso objetivo é democratizar o acesso à alimentação saudável, além de contribuir no combate ao desperdício e no incentivo da preservação ambiental”.
Além do incentivo à alimentação saudável, a companhia está empenhada ainda em promover o consumo dos alimentos em sua totalidade, evitando, assim, o desperdício. Para isso, a foodtech está utilizando inteligência artificial proprietária para ajudar os clientes a prepararem receitas de acordo com os itens recebidos em sua cesta de alimentos orgânicos. Por exemplo, o dispositivo ajuda a combinar receitas com bananas e maçãs (caso o mesmo receba esses itens), trazendo em tempo real uma série de receitas que podem ser feitas com essas frutas.
Sobre a Diferente
A Diferente é a maior foodtech focada no acesso a alimentos saudáveis na América Latina. A startup entrega na casa dos clientes itens orgânicos e frescos até 40% mais baratos em relação aos preços praticados em mercados, ao mesmo tempo que combatem o desperdício alimentar. Isso porque parte das cestas são compostas também por alimentos que são perfeitos para consumo, porém considerados “diferentes” demais para irem às gôndolas dos supermercados. Além disso, utiliza inteligência artificial para criar a cesta perfeita a cada cliente, fator que otimiza toda a cadeia de suprimentos e gera economia direta ao usuário. Lançada no início de 2022, a foodtech já captou R$ 40 milhões e projeta forte expansão nacional nos próximos anos.