Câncer de Colo do Útero: A Importância da Vacinação e Rastreamento

O vírus HPV é um dos principais fatores de risco para o câncer de colo do útero. A vacinação contra o vírus é uma ferramenta valiosa na prevenção. Além disso, exames regulares, como o Papanicolau, são essenciais para detectar alterações nas células cervicais antes que se tornem cancerosas.

Câncer de Ovário: Silencioso e Desafiador

Muitas vezes chamado de “assassino silencioso”, o câncer de ovário é conhecido por sua natureza insidiosa, apresentando poucos sintomas perceptíveis nas fases iniciais. Consultas ginecológicas regulares e a compreensão dos sinais de alerta são cruciais para a detecção precoce.

Câncer de Endométrio: Atentos aos Sinais Precoces

Este tipo de câncer afeta o revestimento do útero e, geralmente, é diagnosticado em estágios iniciais devido aos sinais, como sangramento anormal. A atenção a qualquer irregularidade menstrual e consultas ginecológicas regulares são vitais.

Câncer Vulvar: Conhecendo o Nosso Corpo

Menos comum, mas não menos importante, o câncer vulvar também merece destaque. Conhecer o próprio corpo e estar ciente de qualquer alteração na região vulvar é fundamental para a detecção precoce. Isso porque, grande parte das mulheres com câncer vulvar não apresenta sintomas mas há indicações, como coceira que não melhora, uma pele mais espessa e mais clara do que a pele normal em torno da região vulvar ou até mesmo colorações (vermelho, rosa ou mais escura) diferentes da pele ao redor.

Como essas alterações são, muitas vezes, provocadas por outras condições clínicas, algumas mulheres não percebem que podem ter uma doença grave.

Câncer de Vagina: Raro e Não Menos Importante

O carcinoma vaginal, uma forma rara de câncer, costuma originar-se nas células que revestem a vagina, predominantemente em mulheres com idade acima de 60 anos. Seus sintomas incluem ocorrência de sangramento vaginal atípico, especialmente após atividade sexual ou em mulheres na fase pós-menopausa.

O HPV, transmitido pelo contato sexual, é a principal causa deste tipo de tumor. Ele pode causar alterações genéticas nas células da região de forma que elas se tornem células cancerígenas.

HPV é uma das principais causas de câncer ginecológico

O papilomavírus humano (HPV), transmitido pelo contato sexual, é a principal causa dos cânceres de colo do útero, vulva e vagina. Ele pode causar alterações genéticas nas células da região de forma que elas se tornem células cancerígenas.

No Sistema Único de Saúde (SUS), o imunizante está disponível para meninas e meninos de 9 a 14 anos. Para adultos, só na rede particular. Há também a opção da vacina NONAvalente, que protege de nove sorotipos do HPV. A vacina do SUS é a quadrivalente e protege contra somente quatro sorotipos, que são os principais na gênese de doenças associadas ao HPV (6, 11, 16 e 18).

Em todos os casos, a informação e a educação são as melhores aliadas na prevenção. Consultas médicas regulares, exames de rastreamento e a adoção de um estilo de vida saudável são passos essenciais para garantir a saúde ginecológica. A conscientização não apenas salva vidas, mas também capacita as mulheres a cuidarem de sua saúde de maneira proativa e informada.

A importância do Ginecologista Oncológico para o Tratamento

Uma vez identificados, esses tipos de cânceres podem ser tratados por um especialista em ginecologia oncológica, capacitado para exercer ações e procedimentos de alta complexidade – tais como os cirúrgicos – bem como acompanhar a paciente em seu tratamento.

“O tratamento dos cânceres ginecológicos vão desde um tratamento cirúrgico, como também quimioterapia, radioterapia e até imunoterapia, uma modalidade bem moderna e que dá bons resultados para alguns tipos”, explicou o ginecologista oncológico, Marcos Maia.

Ainda de acordo com o especialista, o Ginecologista Oncológico tem a capacidade técnica de prescrever o melhor tratamento. Às vezes, é indicada uma quimioterapia antes da cirurgia, como nos casos de câncer de ovário. Outras vezes, já vai direto para a cirurgia. Em outros casos, o procedimento cirúrgico nem é indicado a princípio. A paciente pode se beneficiar muito com apenas radio e/ou quimioterapia.

“O tratamento envolve muitas coisas, inclusive o estadiamento da doença. Trata-se da extensão do tumor, o perfil clínico da paciente, se ela está bem de saúde, se tem alguma comorbidade. Mas tudo isso é conversado com ela e, às vezes, com a família também, para que haja a indicação do melhor protocolo”, finalizou o especialista.