COMPAIXÃO PELA TERRA DE LEONARDO BOFF

Do ex frade li por inteiro esta notável obra, embora mantenha profunda desconfiança de sua Teologia da Libertação. Parte considerável da Igreja chama-a Heresia da Libertação. Prefiro confiar no Papa São João Paulo II e na erudição teológica do humilde Papa Bento XVI. Mas não entremos neste debate. Não tenho propriedade para tanto, apenas fé e confiança na Igreja que foi alicerçada nas palavras de Cristo Redentor: _ “Tu es Petrus, in hoc petra aedificabo ecclesiam meam” “Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja…e as portas do inferno não prevalecerão contra Ela”.

Ressalto, porém o meu mais profundo respeito às Igrejas Cristãs e Evangélicas que nos deixam exemplos de dedicação à leitura, ao estudo e ao culto centrado na Bíblia Sagrada. Teologia à parte, voltando à “Compaixão pela terra”, obra digna de ser lida por sua presentividade e alerta contra todo desrespeito à Terra. Seu tema aborda a necessidade de preservação do Meio Ambiente. A mídia social diária nos apresenta verdadeiras catástrofes climáticas causadas pelo homem porque destrói a natureza.

O homem, em sua luta pela sobrevivência, vai destruindo o Planeta Terra. Ele vai derrubando as árvores, descobrindo áreas de preservação permanente. Faz isto para encontrar um espaço onde possa auferir lucro. Ele desmata, sufoca nascentes, aterra, destrói a mata ciliar que protege os rios, invade o espaço natural dos animais. Ateia fogo que extermine toda a vegetação natural a fim de aproveitar o terreno impróprio para finalidades ambiciosas. Morros e montanhas nunca serviram para habitação. Eles devem continuar totalmente cobertos por vegetação.

Porque fazer terraplenagem nos cumes e nas encostas se sua função é absorver a água da chuva e alimentar os lençóis freáticos. Deles e da Mata ciliar dependem os Rios. E dos rios nós precisamos de sua água para sobrevivência. Negociadores vão estendendo os limites urbanos por sobre morros e montanhas e formando Loteamento I, Loteamento II, Loteamento III. Bairro I, Bairro II, Bairro III no cume das montanhas! Árvores das calçadas e quintais são tiradas. Ruas antigamente calçadas com paralelepípedos, hoje estão asfaltadas. A chuva escorre para as baixadas e vai embora e a terra não mais a recebe.

O verão em muitas partes do mundo mata o ser humano e os animais. Cada calçada deve ter uma árvore de pequeno porte que garanta uma sombra e seja um filtro do ar que os moradores respiram.

Quantas partes do mundo ardem em chamas. Por que o Papa Francisco não pediu um Sínodo de Bispos nos EUA (Califórnia), Europa, Austrália para combater as chamas? Haja vista que eleitores representam o povo, seria nobre e necessário a Câmara Municipal debater este assunto com o povo. Como anda o planejamento do sistema habitacional em morros e montanhas? Quantos loteamentos nestes espaços já foram aprovados?
Por que todos os loteadores não arborizam todas as calçadas de Jaguariúna desprovidas de árvores? Por que não consertam as mesmas? Elas têm derrubado crianças, adultos e idosos. Mas é preciso a árvore certa para o local certo. O Conselho de defesa do Patrimônio também é Ambiental e Paisagístico. Haja vista que eleitores representam o povo,

Tomaz de Aquino Pires