Holambra registra queda de 90% nas vendas no setor alimentício na quarentena

As perdas no comércio no setor alimentício, devido à pandemia, cresceram abruptamente. Os restaurantes, pesqueiros, bares, lanchonetes vem sofrendo com a quarentena. Alguns chegam a ter prejuízo em torno de 90% do faturamento mensal.

Os comerciantes de Holambra ressaltam que a cidade é uma estância turística, e depende de vários setores para sobreviver, como hotelaria, produção de flores e plantas.

O Restaurante Tratterie Holandesa, de propriedade de Marcel Bijkerk, possui sete funcionários, e ele diz que não pode abrir seu restaurante, nem de forma reduzida, pois o seu publico não é da cidade.

“Em comparação ao ano passado, meu faturamento reduziu drásticamente, desde o dia 12 de março”, desabafou Marcel.

Já Pablo Schoenmaker, proprietário do Casa Bela Restaurante, possui 63 funcionários. Indagado sobre trabalhar com Delivery e Carry out o mesmo informou que a queda no faturamento foi mais de 90%.

“Estamos enfrentando um cenário jamais imaginado. Holambra é uma estância turística, além disso, a cidade depende muito da cadeia produtiva das flores e plantas. Tanto o turismo, quanto o mercado de flores, foi duramente afetado por conta da pandemia, o que afeta diretamente o setor de alimentação fora do lar na cidade”, concluiu Schoenmaker.

NOTA PREFEITURA HOLAMBRA

A administração municipal informa que tem feito regularmente reuniões multisetoriais para acompanhar a evolução da crise e para traçar diretrizes e protocolos atualizados de trabalho diante do enfrentamento ao novo coronavírus. As medidas restritivas adotadas em Holambra levam em consideração, observadas as características locais, as recomendações estabelecidas pelo Governo do Estado, pelo Ministério da Saúde e pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Orientações que priorizam, neste momento, a saúde pública, o bem-estar coletivo e a preservação da vida, reduzindo o tanto quanto possível os impactos à economia e à atividade comercial.

A queda de faturamento, é importante ressaltar, não é um fenômeno local. Trata-se de uma crise que atinge grande parte das cidades e estados brasileiros e do exterior. O município, deve-se lembrar, não determinou a interrupção das atividades do comércio – e sim a suspensão, em situações não essenciais, do atendimento coletivo ao público que acaba por colocar em risco trabalhadores e clientes. O comércio de bens e serviços pode e deve se dar normalmente por meio de entrega (delivery) ou retirada (drive thru).

Cidades paulistas que caminharam na contramão destas recomendações sofreram recentemente intervenção do Ministério Público e da Justiça para que retomassem a quarentena, causando transtornos administrativos ainda maiores às empresas. A administração municipal ressalta que esta é uma situação nova, absolutamente excepcional, e que tem trabalhado diariamente para minimizar os efeitos colaterais do combate ao vírus – inclusive os que dizem respeito ao comércio e que, consequentemente, atingem de modo significativo a arrecadação da própria Prefeitura. E reitera que faz o possível para afastar com celeridade esta ameaça e retornar com maior brevidade possível à normalidade.

 

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