Nacional-URU reclama na Fifa por cláusula no contrato de Viña; Palmeiras contesta e não vê risco

O Nacional do Uruguai entrou na Fifa contra o Palmeiras reclamando o pagamento de mais 7,5% dos direitos econômicos do lateral-esquerdo Matías Viña.

A nova operação faz parte de uma cláusula do primeiro acordo, que previa a compra da fatia nos direitos em caso de participação do atleta em 33 partidas do clube.

O Verdão já havia informado ao Nacional o cumprimento da meta e depois procurou os uruguaios para confirmar que vai oficializar a transação, mas solicitou um prazo para o pagamento, em parcelas, como já havia ocorrido anteriormente. O clube alviverde se preocupa com o fluxo de caixa por causa da queda das receitas provocadas pela pandemia do novo coronavírus.

Os uruguaios procuraram a Fifa inicialmente para depois oferecerem um parcelamento do valor. O Verdão agora pode aguardar o processo na entidade até a definição da situação. Neste período, não há possibilidade de o Verdão ser impedido de registrar novos atletas.

A estratégia do Nacional pegou o Palmeiras de surpresa, já que o clube entende ter feito todos os processos para demonstrar que iria cumprir o contrato. Há o entendimento, inclusive, de que se não quisesse exercer a cláusula, o Verdão poderia ter diminuído a utilização do lateral-esquerdo, o que não ocorreu.

– A gente entende completamente o desespero do Nacional pelo pagamento, mas a gente entenderia muito melhor se eles tivessem entrado em contato e conversado com o Anderson (Barros), explicando a situação de extrema necessidade. O Nacional talvez tenha esquecido que o Palmeiras tem uma gestão profissional, sabemos onde estamos pisando. Como a escolha foi por usar a Fifa como meio de coerção de forma despreparada, o Nacional terá de esperar e entrar na fila de processos agora – disse Andre Sica, advogado do Palmeiras.

– Sobre a alegação de perder registros, a chance é zero. Isto nunca aconteceu no Palmeiras e não vai acontecer tão cedo – completou.

No ano passado, o Nacional já havia reclamado o não recebimento de parte da transferência de Matías Viña. Em maio de 2020, os clubes entraram em acordo para o pagamento de uma das parcelas de 1,5 milhão de euros – a operação total foi fechada na época em 3,5 milhões de euros, divididos em três parcelas.

 

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