O PESO DA DEPRESSÃO

Você sabe o que é a depressão? Depressão é um transtorno emocional. São circunstâncias da vida que vão marcando aos poucos, como se fôssemos carregando peso sobre peso, até que um dia essa carga emocional fica pesada demais e vira um excesso de pressão. Ela acarreta alterações comportamentais e causa problemas não somente a quem sente, como também para quem está em volta, no convívio diário.

Estima-se que mais de 300 milhões de pessoas, de todas as idades, sofram com esse transtorno, de acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde.

Os casos de depressão ao longo da vida no Brasil estão em torno de 15,5%. No ranking das pessoas mais depressivas do mundo, o Brasil só perde para ao Estados Unidos e a Austrália.

A pressão que desencadeia o transtorno pode vir por diversos fatores. Entre as principais ameaças à saúde mental estão: o abuso sexual infantil e o abuso por intimidação, as desigualdades sociais e econômicas, as emergências de saúde pública, guerras e crises. Não por acaso a depressão e a ansiedade aumentaram mais de 25% apenas no primeiro ano da pandemia, segundo os órgãos mundiais competentes de saúde.

Alguns dos gatilhos para um episódio depressivo são: traumas na infância, perda de pessoas queridas, mudanças significativas na rotina, uso de substâncias psicoativas, as limitações (e não aceitação) no envelhecimento, entre outros.

Nem todas as pessoas sentem do mesmo jeito, por isso muitas vezes é difícil chegar a um diagnóstico. A gravidade, a frequência e a duração variam dependendo do indivíduo e de sua condição específica, porém, de uma forma geral, os sintomas da depressão se apresentam da seguinte maneira:

No humor: ansiedade, mudanças repentinas entre felicidade e tristeza, perda de interesse, culpa (vitimização), apatia, descontentamento geral, desesperança e solidão.

No comportamento: abuso de substâncias (álcool por exemplo), agitação, choro excessivo, irritabilidade, falta de paciência, isolamento social e até automutilação.

No físico: fadiga, fome excessiva ou falta de apetite, inquietação, dores (como por exemplo nas costas, ombros, cabeça, pescoço, maxilar ou lombar) e problemas de pele.

No peso: ganho ou perda repentina de peso.

No sono: excesso de sonolência, insônia ou sono agitado.

Na cognição: falta de concentração, lentidão e pensamentos negativos ou suicidas.

Infelizmente o estigma e a discriminação a respeito do tema ainda são comuns, o que impede muita gente de buscar ajuda. É preciso estarmos atentos a quem está a nossa volta sinalizando que precisa de apoio. Esse “pedido de socorro” vem aos poucos, em doses homeopáticas e às vezes nem percebemos. O ápice acontece quando a pessoa chega ao ponto de dizer “cansei”, como quem desiste de tudo. Portanto vamos cuidar mais uns dos outros?

E que tal também observarmos melhor os nossos próprios sentimentos? Não espere um sofrimento crescer dentro de você. Pedir ajuda é um ato de coragem e não de fraqueza.

Algumas atitudes que podem te ajudar, caso se sinta depressivo:

– Conversar com alguém de confiança sobre o que sente. (É importante dizer que neste momento você não precisa de críticas e sim que precisa desabafar);

– Procurar ajuda profissional. Um bom terapeuta vai te orientar como passar por essa fase para se livrar desse sofrimento;

– Fazer exercícios regularmente, ainda que seja uma caminhada e um alongamento;

– Manter hábitos alimentares saudáveis e horários regulares de sono;

– Frequentar grupos com pessoas positivas e lugares que te transmitam paz. (Não busque o isolamento, apesar de nesse momento isso parecer a melhor opção);

– Evitar ingestão de álcool e abster-se de usar drogas ilícitas. Elas pioram o quadro;

– Continuar desempenhando o que sempre gostou, mesmo sem vontade. (Caso não tenha feito nada prazeroso nos últimos tempos, relembre o que te fazia feliz e retome);

– Não alimentar pensamentos negativos e autocrítica. Quando eles persistirem, respire fundo, mude o foco e projete o pensamento em realizações.

Essas são algumas dicas. Pratique-as sempre, antes que a depressão se instale e te faça acreditar que não há mais solução (porque essa danada faz isso, distorce nossa percepção!). E busque um fortalecimento emocional capaz de te livrar de tudo que tem te causado mal, inclusive desse excesso “de-pressão”.

 

Adriana Cruz

Terapeuta, Jornalista e Palestrante

– Especialista em:

– Transtornos Emocionais, pelo método TRG;

– Leitura Corporal;

– Técnicas de Neurociência

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