Obras da Nico Lanzi impressionam pela complexidade

As escavações do primeiro trecho de obras revelam a complexidade do projeto de reconstrução da Avenida Prefeito Nico Lanzi, e comprovam que, se a pista fosse apenas recapeada, todo o serviço teria sido perdido.

Nesta etapa, a vegetação marginal de montante em declive foi removida para construção de nova passagem de águas pluviais, desvendando um impressionante cenário do vale do Parque Florestal São Marcelo, que a mata fechada escondia.

A transposição do vale, de modo a partir a ligação com a Rodovia SP 340, foi feita há mais de três décadas em forma de aterro. Como é um vale seco, sem curso d’água, é chamado de talvegue.

A antiga tubulação, que está sendo substituída, atravessa o vale sob o aterro, a uma profundidade de 13 metros em relação à pista. A nova passagem utilizará duas tubulações de concreto de 1,5m ou aduela de 2 metros de diâmetro para maior vazão.

Para construir a nova passagem de águas pluviais, será necessário cortar aquele ponto da avenida em 40 metros longitudinais por 13 metros de profundidade, praticamente removendo o antigo aterro.

O projeto de reconstrução da Nico Lanzi prevê a troca do solo em toda a extensão de 1.800 metros da avenida porque o atual é arenoso e instável. Com prazo de seis meses para conclusão, as obras estão sendo executadas em três etapas de 600 metros cada.

Além de completa infraestrutura, com sistemas de drenagem, galerias pluviais, uma rotatória e nova pavimentação, a Nico Lanzi terá a largura ampliada para 10,40 metros, incluindo guias, sarjetas e acostamento.

A SOV (Secretaria de Obras e Viação) chegou a considerar apenas recapear a pista atual, mas as sondagens de solo indicaram a necessidade de trocar toda a base, o que implicou remover a velha camada asfáltica. Por isso o recapeamento foi descartado.

As obras de infraestrutura e pavimentação representam um investimento de R$ 3,5 milhões, sendo R$ 3 milhões em financiamento pela Caixa Econômica Federal e R$ 500 mil como contrapartida da Prefeitura.

HISTÓRIA

A Avenida Prefeito Nico Lanzi recebeu essa denominação através da Lei 2.344, sancionada pelo prefeito Walter Caveanha em 1989, em homenagem a Antonio Giovani Lanzi, que governou Mogi Guaçu na década de 1960.

No passado, era uma estrada de pouco mais de um quilômetro que dava acesso a sítios e ao local onde as fábricas de cerâmica retiravam matéria prima, conhecido como “Barreiro”.

Era um prolongamento da Rua Princesa Isabel e não tinha acesso à SP 340. Perto do “Barreiro”, onde hoje funciona um salão de festa, ainda existe a velha estrada que liga Mogi Guaçu a Mogi Mirim por trás do Morro Serra Dourada.

Passou a se chamar Avenida Nico Lanzi a partir da rotatória da Avenida Brasil, no Jardim Serra Dourada, até o trevo de acesso à rodovia. A ligação com a SP 340 só foi possível depois de construído o aterro, após a duplicação da rodovia.

Ao longo dos anos, passou a receber grande fluxo de veículos e se tornou importante via de acesso à rodovia, inclusive com mais tráfego do que a Avenida Tancredo Neves, que é a principal entrada e saída da cidade pela SP 340.

 

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