Outubro Rosa: Mãe e filha lutam contra a doença e alertam para a prevenção
No mês em que se intensifica as ações para a prevenção contra o câncer de mama e colo do útero, através da campanha Outubro Rosa, a história de duas mulheres (mãe e filha) que lutam contra a doença chama a atenção para a importância da prevenção. Elas são moradoras de Engenheiro Coelho/SP, e o caso chama mais a atenção porque as duas foram diagnosticas com câncer de mama quase que na mesma época.
A mãe Fátima Mulla da Cruz conta que soube do diagnóstico em julho de 2017, através de uma mamografia de rotina, que ela costuma fazer todos os anos. Assim que ficou pronto o resultado da mamografia ela soube do diagnóstico, em seguida marcou consulta com um médico mastologista, mas só conseguiu fazer a biópsia em setembro e em outubro já teve a confirmação do diagnóstico. No caso da Fátima o nódulo não era palpável, pois estava muito profundo, por isso até mesmo na mamografia só aparecia as ramificações e foi preciso fazer uma ressonância magnética para localizar o tumor. “Daí a gente toma um susto tamanho família! A primeira coisa que a gente pensa quando ouve a palavra câncer é “pronto morri”. Mas depois eu comecei a pesquisar sobre o assunto, conversar com outras pessoas que já tiveram a doença, porque quem nunca teve essa doença não tem a menor noção do que se passa pela cabeça da gente quando isso acontece. Então depois de pesquisar e conversar com várias pessoas eu fiquei mais calma”, contou.
Logo após a confirmação do diagnóstico teve início todo processo de exames e a cirurgia para retirada do tumor foi feita em Janeiro de 2018. A princípio os médicos achavam que o tratamento indicado seria apenas a radioterapia, mas depois de um exame mais apurado resolveram fazer também a quimioterapia. As sessões de quimioterapia eram feitas a cada 21 dias e duraram 5 meses. Ela também tomou uma vacina para seu tipo de câncer que ajudou no tratamento. “Os cientistas estão trabalhando muito para descobrir novos tratamentos menos invasivos e está vacina é uma das descobertas atuais que está ajudando bastante os pacientes”, afirma.
Devido sua idade as sessões de quimioterapia causavam muito mal estar e a imunidade caia muito. “Por causa da queda da imunidade eu passava muito mal, cheguei até a ficar internada, mas não parava de trabalhar na minha confecção. Ficava uns dez dias para até melhorar e voltava a costurar. Agora ainda estou fazendo a radioterapia, mas não tenho mais nenhum problema e posso dizer que o pior já passou, tanto que até já esqueci” (risos).
A filha Juliana da Cruz Pellizari, descobriu a doença em julho desse ano após perceber um caroço no seio e depois de ir ao médico e fazer um ultrassom foi feita a biópsia e veio a confirmação da doença. “Depois de confirmado o diagnóstico comecei a fazer primeiro a quimioterapia, agora estou na nona sessão de doze que preciso fazer uma por semana. Terminando essas doze sessões de quimioterapia branca, vou começar as sessões da quimio vermelha que é mais forte”.
Juliana também toma a mesma vacina que a mãe toma, uma a cada duas semanas, e só vai fazer a cirurgia depois de encerrar a quimioterapia. “Como a dose dos medicamentos é mais fraca eu não tenho muito problema depois das sessões. A única coisa que aconteceu foi a queda dos cabelos e pelos do corpo”, ressalta.
Juliana contou que algum tempo antes de descobrir o caroço na mama tinha feito uma consulta onde o médico disse que pela sua idade não havia necessidade de fazer a mamografia, por isso acredita que teve sorte de conseguir perceber o caroço.
Segundo Juliana sua cirurgia vai ser decidida após um exame para saber se o tipo de câncer é genético ou não, se caso for genético, os médicos aconselham a retirada das duas mamas. Ela é professora de Educação Física e, atualmente, está afastada das suas funções, mas acredita que o fato de sempre se manter ativa ajuda bastante a ter maior disposição física. “Acredito que estou reagindo muito bem ao tratamento, primeiro pela minha atitude positiva diante da doença e depois pelo fato de ter fé que tudo vai dar certo e de procurar viver de maneira o mais normal possível. As vezes até esqueço da doença, só lembro quando passo a mãe na cabeça e percebo que estou sem cabelo. Fora isso, eu nem lembro que estou doente”.
Tanto a mãe Fátima como a filha Juliana fizeram questão de ressaltar a importância que têm os exames preventivos como a mamografia uma vez por ano, o autoexame e outros exames de rotina. “Nós temos falado sobre nossa experiência em vários eventos do Outubro Rosa e sempre aconselhamos as mulheres a não deixarem de fazer os exames necessários para prevenir a doença ou, como no nosso caso, descobrir a doença ainda no início e ter maior chance de sucesso no tratamento e de ficar completamente curada”, disseram.
Elas também destacaram a importância da campanha Outubro Rosa para alertar as mulheres e os homens também a respeito da doença. “A campanha é muito importante para alertar, prevenir e diagnosticar a doença a tempo de ter sucesso na cura. Nós devemos ter uma preocupação constante com nossa saúde e devemos nos preocupar principalmente com a prevenção isso é o que procuramos alertar as mulheres, principalmente nos nossos depoimentos” ressaltaram.