Região Metropolitana de Campinas pode adotar medidas mais restritiva

O prefeito de Campinas, Dário Saadi (Republicanos), propôs nesta terça-feira, 16, que as cidades da Região Metropolitana de Campinas (RMC) adotem medidas ainda mais restritivas, como um lockdown, para conter o avanço de mortes, internações e casos de Covid-19.
A proposta foi apresentada durante uma reunião com os demais prefeitos das 20 cidades da RMC. Segundo a Agência Metropolitana de Campinas (Agemcamp), todos os municípios participaram.
A prefeitura de Campinas informou que a maioria dos prefeitos aceitou discutir a possibilidade, mas optou por avaliar por mais dois dias os efeitos da atual fase emergencial do Plano São Paulo, os dados epidemiológicos e os índices de isolamento.
“Uma nova reunião foi marcada para sexta-feira, 19, com possibilidade de um encontro extraordinário antes disso”, informou o Poder Executivo campineiro.
A fase emergencial do Plano São Paulo começou a valer na segunda-feira, 15,  com restrições mais severas que a da etapa vermelha. A medida reduziu, ao menos no primeiro dia, a circulação na região central de Campinas.
O “toque de recolher” também surtiu efeito na noite inaugural, mas houve reclamações de desrespeito.
Algumas medidas que podem ser adotadas durante a restrição;
– Só ficarão abertos farmácias e estabelecimentos de saúde; 
.- Os ônibus de transporte público não irão circular. A orientação é usar transporte individual como táxi e uber, que podem transportar um passageiro por vez;
– Os supermercados poderão funcionar exclusivamente por entrega em domicílio desde que permaneça com as portas fechadas e opere com até 30% de seus funcionários; 
– Restaurantes não podem funcionar, nem em esquema delivery;
– Os postos de combustível irão atender exclusivamente abastecimento dos serviços públicos municipais, estaduais e federais, inclusive polícia militar;
– Será permitido a circulação de pessoas para atendimento médico, comprar medicamentos e ir trabalhar;  
– Fica proibido todas as atividades comerciais, de prestação de serviços inclusive bancários e industriais, quer para o atendimento presencial, quer para a prática de atividades internas, externas, produtivas, de manutenção, de limpeza ou outra de qualquer natureza, exceto segurança;
– Estão permitidas as atividades de segurança privada e as atividades industriais cuja paralisação acarrete danos à estrutura do estabelecimento e aos respectivos equipamentos ou máquinas, bem como implique no perecimento de insumos, devendo ser implementada a máxima redução possível da produção e a máxima redução do número de funcionários no estabelecimento;
– Os serviços públicos municipais, estaduais e federais não irão funcionar, incluindo o atendimento ao público, exceto os serviços de saúde, de segurança, de justiça de urgência, de fornecimento e tratamento de água, de energia elétrica, de saneamento básico, de coleta de lixo orgânico, de telecomunicações, de assistência social, serviços funerários, cemitérios, de segurança alimentar e os serviços administrativos que lhes deem suporte.
Os moradores que estiverem na rua terão que justificar e deverão apresentar, além dos documentos pessoais de identificação e de comprovação de endereço residencial:
– nota fiscal da compra ou prescrição médica do medicamento adquirido ou a ser adquirido;
– atestado de comparecimento na unidade de saúde de prestação do atendimento ou socorro médico ou prescrição de medicamentos resultante do atendimento;
– carteira de trabalho, contracheque, contrato social de empresa que seja sócio, declaração de terceiro com identificação do indivíduo, do declarante e do endereço da prestação dos serviços, conforme modelos constantes nos Anexos I e II a este decreto;
– tíquete ou imagem da passagem;
– comprovação da urgência ou da necessidade inadiável por qualquer meio ou declaração própria ou de terceiro da ocorrência do fato.”
Reunião com prefeitos da região de Campinas ocorreu hoje e nova decisão deve acontecer até sexta-feira (19); especialistas defendem medidas mais severas

 

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