SÃO FRANCISCO DE ASSIS, O GRANDE PATRONO DOS ANIMAIS

Na verdade, somos todos irmãos!

Gilberto Pinheiro

Diante dessa inefável beleza e luz que representa a personalidade de São Francisco de Assis à Humanidade com seus edificantes exemplos cristãos, não posso abster-me de destacar sua grandeza e reverenciá-lo, uma vez que, além de todo seu esplendor, é considerado o grande patrono dos animais em todos os tempos. Este encanto crístico fortalece a fé no amor propagado pelo mestre Jesus e por entender que, na vida, somos, queiramos ou não, todos irmãos. É sabido que nasceu em Assis, Itália, nos idos de 1182, século XII, batizado como Giovani di Pietro di Bernardone, dedicando sua vida aos mais pobres, mesmo sendo filho de um rico comerciante de tecidos e tendo parte de sua juventude mergulhado na luxúria e prazeres mundanos, participando, inclusive, de uma guerra que o feriu gravemente, quase levando-o à morte. O sofrimento o fez renascer para a verdadeira vida, modificando seus valores e hábitos, dedicando-se àquilo que vinha de Deus, levando o conforto espiritual aos mais pobres e oprimidos, sem esquecer dos irmãos animais.
Chamava-os carinhosamente de irmãos, um ato de sublimidade e amor superior às manifestações de vida, deixando este legado para toda Humanidade e assim será para sempre. Que maravilha de exemplo, pois ele abençoava desde os cães, gatos, aos porcos, cavalos, enfim, todo e qualquer animal frente à sua presença, uma emoção desmedida e insólita, algo que não é desse reino, mas, da altíssima espiritualidade. Era comum ouvir-se dele: bom dia, meu irmão passarinho; bom dia meu irmão carneiro, estendendo este cumprimento amoroso a todos animais, sem exceção. E parecia que os animais entendiam suas palavras, permanecendo calmos frente à sua presença.

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Penso que somente teremos essa evolução quando formos todos nós vegetarianos. É indigno um animal nascer para sofrer, ou seja, ser abatido contumazmente para nos alimentar, agredido e abandonado nas ruas e periferias das grandes cidades. Francisco de Assis em sua alimentação era incondicionalmente vegetariano e não poderia ser diferente. Jesus, o nosso grande mestre, em seu tempo, também assim se alimentava – é incompatível seres de inconteste e ímpar evolução e luminosidade, aceitarem a morte de um animal para saciar sua fome. Quando o ser humano tem fé verdadeira, ele se transforma e foi exatamente o que aconteceu com ele na hora do sofrimento. A dor regenera o ser humano, torna-o melhor e, consequentemente, passa a entender que a vida é uma profícua escola e precisamos valorizar o respeito e a amizade, assim como a verdadeira família cristã.
Francisco de Assis deixou um legado de amor ao próximo e, com isso, algumas frases emblemáticas. Assim, aproveito o momento e deixo uma delas registradas, um convite à reflexão à luz de toda humildade – “Não te envergonhes se, às vezes, os animais estiverem mais próximos de ti do que as pessoas. Estes, também, são teus irmãos.” Além disso, a sua já consagrada oração que nos enche de júbilo e esperança de dias melhores, sem exceção, onde prevaleça, indubitavelmente, a fraternidade.
À luz destas palavras, louvo este ser santificado e iluminado pelo seu dia, comemorado na sexta-feira, 04 de outubro de 2019 e que sua luz possa abençoar a Humanidade que precisa muito de Deus e dos melhores e mais altivos exemplos, libertando-a do hedonismo tão presente nos dias atuais ao redor de nosso planeta. A verdadeira família cristã precisa ser realidade nos recantos do mundo e os animais também precisam ser entendidos como nossos queridos familiares.
Louvado seja Deus; louvado seja o mestre Jesus; louvado seja São Francisco de Assis; louvado seja o verdadeiro amor em toda sua plenitude!

Gilberto Pinheiro é jornalista (24287/DRT-RJ), palestrante em escolas, universidades, destacando a senciência e os direitos dos animais.
e-mail para contato: gilberto_pinheiro@yahoo.com.br

 

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