Temporal deixa cenário de devastação em Mogi Guaçu
A forte tempestade que atingiu Mogi Guaçu no final da tarde desta quinta-feira, dia 20 de outubro, causou danos generalizados em bairros das zonas Norte e Leste e no entorno da região central, mas não provocou estragos na parte Sul da cidade. Segundo a Defesa Civil do Município, em uma hora, o índice pluvial médio chegou a 48 milímetros, que correspondem a 48 litros por metros quadrado, o equivalente a três dias de chuva.
O prefeito Walter Caveanha e presidente da Defesa Civil e secretário de Obras e Viação, Salvador Franceli Neto, acompanharam as ações de socorro. Não há relatos de feridos, mas as estimativas iniciais dão conta de que pelo menos 40 árvores não resistiram à força dos ventos.
Uma delas, de grande porte, foi arrancada desde a raiz na Praça do Cruzeiro e tombou sobre três carros estacionados ali. Ninguém se feriu. Outra, de médio porte, atingiu um carro e uma moto no Morro do Ouro.
Os prédios do Paço Municipal e da Câmara Municipal ficaram sem energia e sem comunicação em consequência danos na rede elétrica, que afetaram também o Fórum e o Ministério Público e demais prédios vizinhos. A rede elétrica foi danificada em vários outros pontos, interrompendo o fornecimento de energia a aproximadamente 30 mil casas durante a tempestade. Por volta das 20h, ainda faltava restabelecer a energia para 6 mil imóveis, segundo a Elektro.
Na Rua Aguaí, no Jardim Santo Antonio, parte da estrutura de metal da cobertura de um sobrado se desprendeu e arrebentou um poste de concreto. O impacto rompeu os cabos de energia. O galho de uma árvore atingiu fios telefônicos.m Árvores caíram nas avenidas Oscar Chiarelli, Trabalhadores, Washington Luís, Londrina e Bandeirantes e em diversas praças. O vendaval destruiu painéis de outdoor e das fachadas de algumas empresas comerciais.
A intensidade da chuva superou a capacidade de escoamento das galerias pluviais em diversos pontos, como na rotatória da entrada dos Ypês, na Avenida Bandeirantes, no Jardim Novo e na Avenida dos Trabalhadores próximo da antiga estação. Na Rua Manoel Mendes, a força das águas que escoaram através de residências causou estragos também no Horto Municipal, abrindo uma enorme cratera que provocou a interdição do trânsito no local.
O abastecimento de água foi prejudicado durante três horas devido à queda de energia que afetou o funcionamento da Estação de Tratamento e só pode começar a ser restabelecido à noite, a partir da alimentação dos reservatórios do Samae. A operação de socorro mobilizou a Defesa Civil e as secretarias de Obras e Viação, de Serviços Municipais, Saama, Samae, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Guarda Civil Municipal e a Elektro.